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Continuo em silêncio no carro, observando a chuva batendo contra a janela árvores atrás de carros passando às vezes motos bem ao chão , não dá pra ver muito em um avião Ah, dias chuvosos... sempre trazem essa pontada leve no pulso

Suspiro mexendo o braço e apertando o pulso onde está levemente dolorido, mesmo fazendo alguns anos que ele foi quebrado nesse lugar às vezes em dias chuvosos ou quando estou estressado ele dói, não é algo insuportável ou extremamente doloroso é só um incômodo e não posso digitar rapidamente ou pegar coisas pessoas e apoiar meu peso

Alguém disse que fraturas antigas reclamam durante tempestades. Que maluquice, não é?
   
Bato minha cabeça na almofada do carro dou uma olhada rápida em Zack, que está concentrado em um tablet infantil, desses bem precários (apesar de ser o mais novo modelo) que não podem nem aguentar sertos dados pois são pra jogos infantis . Ele está imerso, curtindo seus jogos de ....

Espio ...hum fazendinha

Desvio o olhar para os dois homens na frente. Um está com olhar focado no celular como se estivesse decifrando algum enigma ali. Já o outro, bem, esse parece estar entretido com algo relacionado ao trabalho, talvez algum relatório confuso ou coisa do tipo. Ah, simplesmente fecha os olhos esperando que isso tudo seja um pesadelo e durmo mais um pouco , crente que essa realmente era a minha realidade

Quando acordei... 30 minutos atrás.

Acordo com barulhos abafados, minha visão ainda está turva pelo sono, mas fecho os olhos e os abro novamente, "recuperando" minha visão.

Me assusto ao notar que William me leva no colo.

William: "Bom dia."

Bryan: "Q-que horas são?"

Olho para Antônio, que está ao nosso lado e rapidamente checa no seu relógio.

Antônio: "05:28 da manhã."

Droga! Acordei atrasado, deveria estar de pé às quatro...

Será que vão me bater? Lembro de Charles ontem e o negócio do computador. Minha cabeça ainda está dolorida pela pancada contra a parede.

William iria abrir a boca para falar, mas sou mais rápido.

Bryan: "Por favor, não me batam por acordar tarde, desculpa."

Os dois se olham, e William se vira para mim, parando de andar.

William: "Nós dois nunca vamos te bater, ainda mais por um motivo besta como esse. Você precisa descansar pra sua saúde ficar sempre boa ,

Eu iria dizer que está cedo demais para um garotinho estar acordado."

Fico sem saber o que dizer...

Noto que estamos na frente de um carro enorme.

Antônio abre a porta, e William me coloca pra dentro na parte de trás. Lá vejo Zack sentado em uma cadeirinha, vidrado em um celular que passava desenhos com bichinhos cantando.

Antônio: "Mas..."

Ele coloca a mão no bolso, aparentemente confuso.

Antônio: "Seu malandrinho."

Fala para Zack, que o olha e ri, voltando a atenção para a tela.

William: "O que foi, vida?"

Diz prendendo o cinto de segurança em mim.

Antônio: "Coloquei esse mocinho dormindo no carro e nem vi ele pegando meu celular. Não, Zack, tá muito cedo. Dorme um pouquinho, depois pode mexer no seu tablet em casa."

Zack infla as bochechas de ar com raiva.

William: "Zack, não começa, senão o daddy vai morder essas bochechas lindas e te colocar em um potinho, filhote. Agora, meus dois príncipes vão dormir, a viagem vai demorar."

Diz, pegando o aparelho do Zack e dando ao Antônio e fechando a porta.

Que dor de cabeça...

Só por curiosidade, tento abrir a porta discretamente, mas está com trava...

Os dois mais velhos entram na frente e começam a dirigir...

Atualmente...

Já tirei um cochilo e acordei, só estou olhando pela janela com muita preguiça.

O que eu faço...

Tenho que recapitular tudo e não tomar medidas precipitadas. Vai lá saber o que eles podem fazer. Meu irmão idiota provavelmente pagou para um hacker meia-boca checar a casa do presidente, e esse ser vivo com pouco amor no coração não teve a dignidade de olhar direito no sistema de segurança, então deu a casa errada pro Billie. E por sua vez, o Billie me deu o endereço errado.

Ok...

Bryan só poderia desligar a porcaria do alarme pessoalmente, então foi no sistema e olhou a casa do presidente. Tinham duas, uma escrita fake casa e outra só casa. Claro que foi na que estava só casa, mas na hora da correria, nem vi que o endereço não batia com o que Billie deu... então agora tô preso com loucos...

Olho para Antônio, que dirigia, e William, que escutava atentamente o rádio do carro falando da previsão do tempo. Olho para o lado, e Zack estava extremamente entretido com um chocalho...

Suspiro...

Um doido e literalmente o presidente, o William nem sei o que diabos faz, e o Zack...

O olho, o mesmo deixa o chocalho cair, e Zack ameaça chorar, pois está preso na cadeirinha e não conseguiu se mexer direito, pois tem mais travas de segurança, o impedindo de pegar.

Me estico, como estou só de cinto, pego o chocalho e dou para ele. O mesmo ri feliz.

Zack: "brigada."

Bryan: "de boa..."

Me assusto com uma mão acariciando meu cabelo e me afasto por reflexo, vejo que era William.

William: "muito bem, Bryan."

Antônio concorda, mas continua focado na estrada.

O ignoro e volto a olhar para a janela e continuar com meu raciocínio.

Bem, eles querem que eu vire um... Baby boy, um bebê, e praticamente me sequestraram para isso. O único lado bom é que eles não são agressivos nem me machucaram, ainda...

Às vezes, Billie e Charles davam uma de bonzinhos, mas são uns demônios. Sei que tenho que sair, mas com tudo que já vi minha "família" fazer e as coisas que aprendi na máfia...

Quanto mais lutar, pior. Billie, desde que éramos adolescentes, faz as cobranças e me arrasta junto.

Pegava pessoas que deviam para a máfia do Charles e torturava para "dar uma lição" para devolver o dinheiro em dobro. Logo, eu sempre ficava com medo, chorando no canto. Bem, de qualquer forma, quando mais essas pessoas lutavam, mais restrições eram postas.

Um doido até socou a cara do Charles quando teve a chance. Sempre me arrepio quando penso no que aconteceu com ele depois. Só que as pessoas que não lutavam de nenhuma maneira, Billie nem ligava, só conversava e dava uns três socos e deixava em paz.

No meu caso, só vou entrar na onda deles e vou embora com a melhor chance que tiver, sem pressa nenhuma. Só vou
Para o ponto de venda mais próximo do Charles entrar e pedir para chamar alguém para me levar para casa aí fico invisível de novo a máfia pelo menos e boa em se esconder .

    (Fim do cap)

O pequeno hacker Where stories live. Discover now