Um pequeno probleminha

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CAPÍTULO 42



               Liz


Eu olhava para Eleanor, ansiosa, sem saber exatamente o que ela faria depois que todas as peças estivessem caidas sobre o chão e o vinho acabasse.

Mesmo assim, meu corpo queimava em antecipação. Após restar apenas mais uma peça íntima de minha lingerie e minhas nádegas estarem avermelhadas e ardentes como sal na ferida, parou com as perguntas e os tapas. Eleanor olhava-me de uma forma sinistra, seu olhar e feição calmo de mais me deixou em alerta, afastou-se lentamente de meu corpo e com um estalar de dedos ordenou que eu ficasse aos seus pés novamente.

Virei-me sobre a cama e logo ajoelhei, sentando sobre minhas próprias pernas no chão gelado de seu quarto, com a umidade dentro de minha calcinha provocando uma sensação viscosa que funcionava como um lembrete vergonhoso do meu orgasmo tão apressado, mas que facilmente ignorei à medida que, depois de ficar de pé em minha frente, Eleanor começou a desafivelar o próprio cinto de sua calça preta.

Tensa, eu umedeci meus lábios inconscientemente ao ver o couro deslizando pelos passadores de sua calça até estar apenas em suas mãos.

Sua blusa social branca despojadamente aberta, revelara parte seus seios fartos, faltava apenas mais alguns botões para estar completamente aberta e assim deixar a vista também seu abdômen malhado.


– Fecha a boca, Lizandra – disse sorrindo de minha feição ridícula, estava praticamente babando na beleza de seu corpo que nem nu ainda se encontrava.

Levantei o olhar, devagar, até encontrar os seus, apertando e sarrando lentamente minhas próprias pernas juntas quando vi o sorriso no canto de sua boca.

Aquele maldito sorriso.

– Acho que me apaixonei por você de novo – eu disse, quase num sussurro, sem conseguir parar de olhar para ela.


Seu sorriso desapareceu para que ela passasse a língua pelos lábios, me provocando logo antes de gesticular para que eu me aproximasse.

Sem nem pensar duas vezes, a obedeci engatinhando dois passos em sua direção, ergui-me novamente quando parei a dois centímetros de seu corpo fenomenal, sentindo minha respiração falhar quando ela aproximou sua mão que ainda segurava o cinto dobrado, deslizando a parte flexionada do couro por minha boca e descendo até tocá-la em meu queixo e empurrá-lo para cima, me forçando a erguer também o olhar, ainda mais.

Continuei imóvel, totalmente hipnotizada – mais que droga, porque eu não conseguia desobedece-la – Diante da minha incapacidade até mesmo de piscar enquanto a olhava à espera do seus comandos seguintes, até que ela finalmente voltou a falar.


— Tire minha calça, Lizandra.


Tentei assentir, mas o movimento de minha cabeça estava limitado pelo cinto que ainda mantia meu queixo erguido, e assim permaneci mesmo quando guiei minhas mãos até o seu jeans preto e segurei as laterais de sua calça apertada, puxando-a para baixo ainda sem poder ver o que eu mesma estava fazendo, enquanto Eleanor me forçava a continuar olhando para ela a cada segundo.

Eleanor se moveu, usando seus pés para terminar de tirar completamente o jeans escuro, abaixei o olhar na esperança de conseguir enxergar o que acabara de ser revelado, mas falhei.

– Você quer ver? – ela perguntou, parecendo se divertir com meus esforços em vão.


PELO AMOR DE DEUS, SIIIMMM!

Mas continuei em silêncio, não queria demostrar meu desespero em tê-la, em toca-la logo, não tão cedo e nem tão rápido. Mordi os lábios, fechei os punhos e apertei mais as coxas uma contra outra. Acho que prendi a respiração sem perceber quando Eleanor deslizou o cinto lentamente – passando pelo meu pescoço, entre o vão de meus seios, o abdômen, até chegar em minha vulva – Onde depositou três cintadas leves mas que foram extremamente eficazes para fazer-me gritar de dor e surpresa.


Save Me (Romance Lésbico) - REVISÃO Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt