Chapter (34)

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Para as duas pessoas que ainda ler Behind, aqui está a atualização.

Desculpem a demora. Nem vou mais me justificar sobre a demora de atualizar essa fic.

Esse capítulo tem palavras de possíveis gatilhos.

Boa leitura!


POV S/N.

O dia já estava quase ficando claro. Eu não queria ver ninguém hoje, não estava com clima pra colocar um sorriso na cara e dizer que estava tudo bem. E também não queria mentir pra ninguém e dizer que estava tudo bem. Eu só precisava ficar longe.

Eu entrei de volta pra dentro de casa e fui até o meu quarto, peguei uma bolsa e coloquei umas peças de roupa, depois fui tomar banho, me arrumei. Peguei a minha bolsa na cama e fui até a garagem. Eu olhei para os carros, ao lado do meu Compass estava a minha Hilux que eu ainda não vendi.

– Acho que nós merecemos um último momentos juntas. – Eu peguei a chave da Hilux, destravei ela e entrei.

Eu fiquei alguns minutos pensando no que fazer, ou até mesmo pra onde ir. Eu estava perdida. Liguei o som do carro em uma estação de rádio qualquer, liguei ele, coloquei o cinto e dei partida. Eu fechei a garagem e saí de casa.

Eu não fazia ideia pra onde iria. Eu só passei no posto de gasolina perto de casa e completei o tanque. Peguei algumas coisas pra eu comer e beber se eu sentir fome e comecei a dirigir sem rumo.

Eu podia ir até o parque Ibirapuera, mas ainda era cedo demais. Eu poderia ir até a casa da Ariana, mas eu não queria que ela ficasse perto de mim da forma que eu estou.

Hoje era pra ser um dia bom, mas não era, era um dia péssimo.

Eu parei o carro porque estava muito trânsito. Péssima ideia sair de manhã. Eu olhei para a placa informando que se eu pegasse a rampa eu acessava a imigrantes. Acho que eu já sei pra onde eu iria. Eu dei seta para a esquerda e esperei o trânsito andar.

Fazia anos que eu não dirigia para o litoral, antes mesmo de eu ficar cega. Geralmente eu gosto de olhar o carro pra ver se estava tudo certo. Dessa vez eu ia na sorte. Se eles sabotaram o carro, o teste seria feito agora.

Eu fiz o percurso até a imigrantes com uma certa lentidão por causa do trânsito. Mas quando chegou na imigrantes, foi tranquilo. Eu dirigir no limite da velocidade. O tempo não estava muito bom, mas não estava chovendo, ainda.

Eu estava morrendo de saudades de um momento assim. O som baixo que saía dos altos falantes me tranquilizava um pouco. Foi quase duas horas e meia de viagem por conta do trânsito que eu havia pegado antes de chegar na imigrantes. Eu parei o carro em frente a Praia de Pitangueiras. Não era perto aonde minha vó Arlete morava, mas foi a primeira praia que eu lembrei.

Tirei o meu tênis e deixei dentro do carro, saí de dentro dele e caminhei até a areia. O mar estava agitado, tinha algumas pessoas na areia.

Eu não liguei nenhum pouco e me sentei na areia e fiquei olhando para o mar. Fiquei umas boas horas até eu me cansar de ficar sentada na areia. Depois eu voltei para o meu carro, tirei toda a areia que estava em mim e comecei a dirigir para um lugar que eu só fui duas vezes até aqui. Nunca tive coragem de ir até lá após a morte da minha vó.

Behind The Smile (Ariana/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora