Festa na Clareira

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Rory se sentia incrivelmente tranquila e confiante enquanto andava rumo a escola na manhã do exame. Ela hora parava em seus pensamentos para reafirmar todo o conhecimento que possuía e se conformou. O que quer que desse seu resultado, sabia que foi fruto de todo o seu esforço.

-Talvez eu seja burro. – murmurou Gilbert ao seu lado. – Como se escreve meu nome mesmo?

-Gilbert, relaxa! Você que é o calmo, não fica nervoso, senão eu vou ficar nervosa.

-Porque você está calma? Eu que deveria estar pedindo pra você estar calma! Rory, peça para eu ficar calmo.

-Gilbert, fique calmo.

-Céus, isso realmente nunca funcionou! Porque as pessoas insistem nisso?! – esbravejou o rapaz.

Rory segurou o garoto pelos ombros e o encarou. Gilbert estava extremamente agitado e avoado; ele nem percebeu que abotoou a camisa errado e seus olhos estavam em pânico, pela primeira vez.

-Você vai passar, não tem nada a ver com o fato de você ser um nerd que lê um livro por semana ou mais, mas sim porque o avaliador vai ver seu rosto e pensar "hm... esse tem cara de médico, não preciso nem corrigir a prova desse nerdola."

Gilbert sorriu e suspirou.

-Mas e se eu não passar? Sua avó está precisando de algum mordomo?

-Talvez um escravo sexual. - sussurrou.

-O que?

-Nada. - a menina sorriu e olhou o peito de rapaz subir e descer aceleradamente. Os botões trocados, então ela colocou a mão por sob o sue peito. Gilbert de repente ficou imóvel e atento. Ela aproveitou e desabotoou o botão errado até o terceiro, onde ele havia pulado a casinha e a ajustou.

-Pronto. – ela murmurou satisfeita. Gilbert estava duro feito uma estátua. – Estava dizendo alguma coisa? – ela sorria angelicalmente para o rapaz.

-Hm? Não, nada. – ele sussurrou um pouco desnorteado ainda.

-Ótimo. Porque você vai passar. – Rory deu um tapinha em seu peitoral e sorriu, o rapaz ficou ligeiramente corado e engasgou um sorriso envergonhado.


Todos estavam desesperados em frente a escola. Moody vomitou duas vezes e Josie repetia constantemente fatos históricos da ilha do Príncipe Eduardo. Anne e Diana chegaram bem tarde, e quase perderam a entrada do avaliador.

-Nós fugimos dos Barry. Diana vai tentar a prova! – Anne abraçou a amiga, encorajando-a. Diana parecia vermelha de excitação e medo.

Cerca de quatro horas de exames. Língua inglesa, história e geografia canadense e inglesa, matemática, biologia, química, física e uma longa redação sobre os indígenas e uma carta sobre políticas de exportação.

Rory sempre esteve acostumada com exames assim. Uma vez por mês em sua escola em Londres faziam preparação desse nível, mas na hora foi muito mais estressante e cansativo do que qualquer preparatório. Seu alívio foi erguer os olhos ao longo das horas e ver rostos conhecidos em suas próprias batalhas acadêmicas.

Anne murmurava para si e agitava as mãos fazendo contas ou relembrando fatos. Diana franzia o cenho a cada questão lida e talvez tenha roída uma mão inteira de unhas. Cole colou a cabeça tão perto da prova que por muito tempo Rory suspeitou que ele estivesse dormindo se não fosse sua mão escrevendo habilmente.

Gilbert estava a calma em pessoa, era incrível como o mundo podia estar desmoronando para ele, mas quando diziam "ação" ele assumia a postura que todos esperavam, que ele esperava. Ele tinha o hábito de travar o maxilar, puxar as mangas e apoiar os cotovelos a mesa quando algo o desafiava e por muitas vezes Rory tinha que se lembrar que deveria fazer sua própria prova, se não passaria a tarde admirando-o fazendo isso; era, com certeza, um grande estimulador visual.

𝐒𝐇𝐄, 𝐠. 𝐛𝐥𝐲𝐭𝐡𝐞Where stories live. Discover now