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Uma semana depois

Eva leu a última frase de um livro que havia começado há seis horas, exato momento em que Timber saiu para uma missão. Eles estavam lá há alguns dias e ela passava o tempo lendo e organizando a decoração da casa que eles iriam morar depois que completasse um mês que ele estivesse trabalhando na base da força tarefa. Tempo estipulado pelo conselho dos Novas Espécies.

Ela entendia que era uma punição pelos atos de Timber e se sentia culpada, afinal ele fez o que fez por ela. Se ele saiu escondido sem escolta e sem conhecimento da ONE, apenas com seus amigos de reforço e colocando em risco todos eles para verificar se ela estava grávida dele, a culpa era dela.

Se ele invadiu uma igreja e disparou para cima várias vezes com uma arma podendo ter atingido alguém, foi para resgatá-la, a má publicidade que isso trouxe, notícias falsas, era sua culpa e mesmo que Timber fizesse de tudo para que ela não pensasse assim, ainda se sentia culpada.

Eva olhou ao redor do pequeno quarto que continha a cama de casal deles e um armário encostado num canto contendo alguns de seus pertences mais úteis e se levantou, estava quase na hora de Timber retornar, então iria tomar um banho e esperá-lo, para pular em seus braços, pois sentia muita falta dele.

Ele sempre ficava preocupado com ela sozinha lá, mas sabia que era seguro e quando retornava do trabalho, dava toda atenção do mundo a ela. Trazia lanches e conversavam sobre tudo, isso quando não estavam fazendo amor e assistindo a um filme. 

Eva entrou no banheiro e uma onda de náusea a atingiu, ela sentiu as pernas fracas e esvaziou seu estomago dentro do vaso sanitário, uma e duas vezes. Era a terceira vez naquela semana, mas não comentou com Timber pois tinha quase certeza que havia sido umas batatas fritas com cheddar que comeu. Mas naquele dia, ela não ficou apenas enjoada e sim tonta também. 

Uma nova hipótese surgiu em sua mente, mas descartou de imediato, tinha certeza que não poderia estar grávida e estava planejando procurar o médico dos Novas Espécies para iniciar um tratamento assim que voltassem. Antes de ir para a sede da força tarefa, ela visitou Victoria e se apaixonou pelos bebês dela, e seria o maior sonho de sua vida se realizando se ela pudesse ter isso com Timber também. 

Quando se sentiu melhor, se levantou do chão, deu descarga, escovou os dentes e foi para o banheiro, no mesmo instante uma nova vertigem tomou conta de seu corpo e ela escorregou no chão do box com as vistas escurecendo.  

Timber estava no corredor caminhando para seu quarto, ansioso para encontrar sua companheira, sentir o cheiro dela que estava mudando, o deixando a cada segundo mais viciado, mais impulsionado a ficar grudado com ela, estava mais doce e suave do que já era, Timber suspeitava que ela estava começando a entrar no cio e por ser sua verdadeira companheira, o cheiro devia ser um pouco diferente dos das demais fêmeas neste período, pois já havia sentido muitas vezes e o de Eva era simplesmente inexplicável, o tornava mais possessivo, protetor e viciado nela, como se ele já não fosse antes.

Timber não sabia explicar mas era tão bom que doía. 

Ele estava abrindo a porta quando ouviu um barulho dentro do banheiro que se assemelhava muito com o som de um corpo caindo no chão, seu corpo ficou em alerta e seus instintos o fizeram correr como um raio, sua mente sabendo de alguma maneira que era sua companheira. 

Quando ele entrou no pequeno cômodo, rosnou vendo Eva caída, o chuveiro estava ligado e ela estava nua. 

— Eva! — grunhiu em desespero enquanto a pegava nos braços e sentiu a pele dela muito quente.  

Saiu do banheiro, se sentou na cama com ela nos braços e segurou seu rosto. 

— Eva, amor! — Timber chamou, sua voz saiu trêmula, nunca se sentiu tão apavorado.

4 - TIMBER - Novas Espécies (Concluído)Where stories live. Discover now