capítulo 1

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No segundo ano do ensino médio, fiquei amiga de uma menina chamada Korie Hamilton

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No segundo ano do ensino médio, fiquei amiga de uma menina chamada Korie Hamilton.

Ela até que era legal.

Exagerava um pouco no delineador roxo, não parava de falar e dizia "tipo" toda hora, mas fazíamos as
mesmas aulas do primeiro semestre, então a amizade meio que veio por inércia.

Enfim, Korie sempre dizia que seu melhor amigo no mundo todo era Stephen Daniels, um garoto que
conhecera quatro semanas antes de promovê-lo a esse status.

Era, tipo, aimeudeus, a melhor coisa do mundo ter um cara com quem conversar sem as complicações
que vêm com o envolvimento romântico.

Sei.

É verdade que melhores amigos de verdade não conseguem passar mais de duas horas sem mencionar o nome um do outro, mas Korie arrumava um jeito de mencionar Stephen a cada duas frases.

Não era "só amizade" nada.

Acho que a relação deles foi mesmo platônica por um tempo. Stephen tinha uma namorada chamada
Libby Tittles ou qualquer coisa do tipo, e Korie vivia indo e voltando com o namorado do tempo do
fundamental.

Mas qualquer um que já tenha visto um filme ou um programa de TV, ou que possua um conhecimento
básico das formas de interação humana, sabia exatamente para onde Korie e Stephen estavam se
encaminhando: para a terra da pegação.

Apesar de Korie jurar que não gostava dele "daquele jeito", os dois já estavam solteiríssimos no feriado de Ação de Graças daquele ano.

No recesso de fim de ano, Korie não estava mais tão ocupada falando "tipo" o tempo todo. Por quê?
Porque a língua de Stephen estava dentro da boca dela antes da aula, depois da aula e nos fins de semana.

Mas todo mundo sabe como isso acaba, certo? Alguns meses depois, Korie e Stephen não só não eram mais um casal como nem chegavam perto de ser "melhores amigos".

O rápido romance e o rompimento que se seguiu quase não provocaram fofocas na escola, mas gosto de pensar que todos aprendemos uma boa lição:

Garotos e garotas não conseguem ser só amigos. Ou pelo menos não melhores amigos.

As coisas acabam se complicando.

Agora vamos avançar alguns anos na história...

Aos vinte e quatro anos, tenho um anúncio de utilidade pública a fazer: eu estava errada.

Garotos e garotas podem, sim , ser melhores amigos.

Dá para ter um relacionamento platônico com um cara sem qualquer desejo romântico, fantasia sexual
e tentativas fúteis de esconder a dor do amor não correspondido com declarações ingênuas como "eu não
gosto dele desse jeito".

𝑴𝒂𝒊𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒎𝒊𝒈𝒐𝒔 Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz