capítulo 35 - coisas do passado.

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Pov Bianca


- Então,srta. Schneider, qual é a sua proposta? - Fui direta,

A mulher respirou fundo e sorriu cínica.

-Eu quero comprar a Tatto Industry.

Por alguns instantes eu imaginei ter ouvido errado, ou fantasiado aquelas palavras vindas de sua boca. Mas não, Fernanda Schneider havia mesmo me feito aquela proposta. Eu respirei fundo, ainda fitando a mulher e pensando na situação de poucos minutos atrás. Olhei para Eduarda que sabia o que aquela proposta havia causado em mim. Com delicadeza, seus dedos repousaram sobre minha mão em um carinho rápido, quase imperceptível de quem pedisse calma.

- E então, Sra. Tatto? O que nos diz?

Brian, um dos acionistas da Issartel, perguntou nitidamente empolgado. Em sua pose de empresário importante, no qual verdadeiramente ele não era, apenas mais um encostado.

- Deixe ela pensar, Brian. Não precisamos de uma resposta imediata, Bianca.

Fernanda falou calmamente com um triunfante sorriso no rosto, que estava direcionado à Eduarda.

- Posso lhe fazer uma pergunta, Srta. Schneider? - Soltei quase cortante.

- Sim, claro.

Eu sorri de forma sarcástica, sobre os olhos temerosos de Eduarda.

- Ao passar em frente à minha empresa, ou ao entrar aqui, você viu algum tipo de placa ou documento de que queremos vender?

- Não, não vi nenhum. Mas apenas...

- Certo. - Interrompi. - Não consigo entender então. De onde a srta. tirou uma ideia tão absurda? Acha mesmo que venderia a melhor empresa do ramo imobiliário para você?

Os acionistas presentes se entreolharam exaltados. Fernanda arqueou uma das sobrancelhas e sorriu cínica em minha direção.

- Desculpe, mas não vejo a ideia como tão absurda. Issartel está subindo nas pesquisas e praticamente se equiparando à Tatto Industry. Tenho dinheiro suficiente para comprar sua empresa, Sra. Tatto. E fazê-la um império bem maior.

Arrogante e prepotente,como sempre. Eu ri de sua resposta, sem um pingo de humor, causando certa surpresa em todos ali. O clima não estava dos melhores, todos perceberam rapidamente os olhares fuzilantes entre nós.

- Ah, srta. Schneider, nessas ocasiões, vejo sua imaturidade no campo dos negócios. Issartel ainda não chegou ao nível de minha empresa, que é uma multinacional das mais bem sucedidas atualmente, dinheiro não compra nome e experiência, que por sinal, tenho bastante. Mas não se preocupe, eu tenho dinheiro suficiente também, para comprar a sua e a de qualquer um que vier aqui.

- Cheia de si, não é, Bianca? Não tem medo que tudo dê errado? - Provocou descaradamente.

- Tenho as pessoas certas comigo. Não vai dar nada errado.

Falei rapidamente, segurando na mão de Eduarda que me fitou um tanto nervosa. Fernanda olhou nosso contato e sorriu.

- Vamos ver até quando as pessoas certas vão estar com você.

Eu estava contando internamente de um até cem, controlando todos os impulsos animalescos que gritavam para que eu tirasse aquela mulher provocadora de minha empresa pelos cabelos. Mas eu não agiria assim, eu aprendi muito bem como sair sempre por cima. O único problema é que nesse quesito, Fernanda também era experiente.

- Parcerias boas nunca dão errado.

- Sim, claro. Mas, tem certeza que não quer um tempo para pensar melhor? Temos uma maravilhosa proposta, não é, Brian?

The stripper - Duanca Onde histórias criam vida. Descubra agora