DEZ

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ISABELA
CLARK

Por incrível que pareça consegui tomar meus remédios sem que nenhum desastre acontecesse ontem antes de tomar banho, e comprovei que eles realmente me dão sono porque assim que me deitei na cama apaguei.

Confesso que segundos antes de perder a consciência me perguntei se Alessandro dividiria a cama comigo novamente. Por mais estranho que fosse, me sentia segura ao seu lado, e querendo ou não com sua presença não me permitia chorar por aquilo que não posso mudar.

Mas posso imaginar que para Alessandro seja desconfortável, dividir a cama com a funcionária que até semanas atrás ele ao menos olhava na cara não deve ser nada agradável, e por isso acreditei fielmente que acordaria sozinha na cama mas me enganei.

— Bom dia. — Alessandro deseja e se antes ainda estava sonolenta desperto completamente ao escutar sua voz mais rouca que o normal.

A voz lembra de um áudioebook que escutei uma vez mas que parei por sentir muita vergonha, a voz do homem que fazia o protagonista me deixava quente, e era bem constragedor.

— Tudo bem? Você está vermelha. — Pergunta parecendo preocupado. Me sinto horrível por deixá-lo preocupado quando na verdade estou lembrando de coisas depravadas.

— Estou! Não se preocupe — Respondo mais rápido do que o normal o fazendo me olhar divertido. Ele parece tão sereno que o admiro, seus olhos azuis parecem mais claros essa manhã, e até a ruguinha que sempre está no meio das suas sobrancelhas desapareceu.

Sem dúvidas é o homem mais lindo que já vi em toda minha vida.

— Dormiu bem? — Mostrando uma gentileza que nunca vi antes ele afasta a coberta revelando seu peito nu, e é impossível não arfar em surpresa. Alessandro tem uma tatuagem gigante desenhada em seu peito.

Saindo pelos portões do que acredito ser um palácio um anjo da morte coberto por uma capa preta segura uma espada, não é possível ver seu rosto mas a tatuagem tem tanto detalhes que parece ter sido mesmo uma cena real.

É assustadora mas não consigo desviar os meus olhos e ao menos consigo disfarçar meu espanto, nunca pensei que Alessandro tivesse uma tatuagem, muito menos que fosse algo desse tipo.

— Surpresa? — A pergunta feita de maneira sarcástica me faz levantar a cabeça para olhá-lo. Seus olhos de gavião me avaliam minuciosamente como se estivesse a espera de um ataque.

— Desculpa. — Peço me dando conta do quanto fui mal educada em ao menos disfarçar — Só fiquei supresa. — Justifico.

— Todo mundo fica. — Senta cama se livrando de uma vez da coberta ao jogá-la no chão — Não vai perguntar o significado?

— Eu deveria fazer isso? — Murmuro confusa.

— Não.

— Então não vou. — Falo por fim — Mesmo sendo peculiar é uma tatuagem bonita, os detalhes a fazem parecer de verdade. — Elogio.

— É a primeira pessoa que elogia — Conta mas não parece se importar. — Não achou assustadora?

—  Achei — Confesso também me sentando na cama e se livrando das cobertas, oque me parece ter sido uma péssima idéia já que seus olhos deslizam para meu corpo enfiado em uma da suas camisetas.

Protegida Por Você Where stories live. Discover now