Queimar

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Cá estou eu
queimando em minha imortalidade
abaixo da árvore da vida.
Enfurecida pelo doce cântico
daquilo que você chama de rebeldia.
Pendurada sob uma pilha de ossos corroídos pelo tempo,
com minha pele ardendo em chamas,
mas não mais do que meu coração,
que em desprezo profundo se inflama.
Gritem todos,
pelo fim de minha vida mortal,
mas não se esquecem que o que da natureza nasce,
sempre se reinventa no final.

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