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Amor Hoffmann

Eu cheguei à beira do penhasco e me joguei, eu me rendo. Nada posso contra Alec.
Todo meu corpo dói, meus pulsos onde passei o canivete de Alec diversas vezes arde feito brasa.
Até morta irei sentir dor?
Me debato tentando fazer a dor passar
Uma mão quente me segura pra que eu me acalme, seu toque é tão bom.

-Se acalme, ainda está recebendo sangue-
Como passe de mágica abro os olhos tendo a visão de meu algoz.

-Por favor, não tire meu filho de mim-
Suplico por misericórdia, coisa que ele não tem.

- Tudo dependerá de ti-
Foi oque ele disse antes de eu cair novamente na escuridão profunda.

(...)

Dois dias depois tive alta médica, infelizmente meu leite secou e não pude fazer o que tanto amo que é amamentar meu filho, até isso Alec tirou de mim.
Quando cheguei em casa meu filho segurou forte em minha blusa para que eu não fosse novamente, ele é só um bebê de quase 5 meses que não irá ser amamentado pela mãe novamente.

- Aqui está a mamadeira senhora-
A babá que cuidou dele pra mim nesse tempo em que estive ausente me dá a mamadeira, choro junto com meu filho todas as vezes que ele nega a mamadeira.

- Ele ainda está se adaptando senhora-
Assinto ainda triste.

- Entregue o bebê na empregada e venha ao meu escritório-
Alec ordena passando por mim, não posso o desafiar novamente ele pode tirar meu bebê de mim de novo.

Entrego Mikhail que chora nos braços da mulher e sigo para o escritório depois de limpar as lágrimas.
Bato na porta e espero que o mesmo me mande entrar.
Entro e fico parada perto da porta.

- Sente logo, não vai pensando que quero uma esposa sem vida. Oque aconteceu com você? Reaja porra, não quer me ofender? Tentar me matar novamente Merda?-
Ele estava me testando, qualquer merda que fizesse me mataria aqui mesmo.

- Você vai sofrer muito por ter se atrevido a tentar contra sua própria vida cadela-
Alec se levanta e caminha devagar até mim e logo depois segura meu maxilar sem exercer muita força.

- Será que preciso te internar em um hospício? Afinal você é um perigo pra sua própria vida, pra mim e pra nosso filho, um bebê inocente!! Vai tentar matar também seu próprio filho?-
Pergunta sussurrando no meu ouvido
Choro por não ter como me defender porque afinal era tudo verdade.

- Por favor me perdoe-
Imploro como uma fraca que Alec pensa que sou, mais em algum  momento que pode até tardar eu irei te matar miserável.

- Eu devo mesmo te perdoar? Ou mandar nosso filho em um internato e você em um hospício? Já que você não é grata pelo marido e família que eu te dei? -
Balanço minha cabeça diversas vezes, sou capaz de tentar me matar novamente se tirar meu filho de mim.

- Eu vou ser grata, eu vou fazer por merecer-
Suplico agarrando sua camisa.

- Mais um erro seu irás parar no pior hospício do mundo e nosso filho em um internato -
Promete olhando nos fundos dos meus olhos, em seus olhos só enxergo escuridão, nada mais...

- Eu não vou errar-
Prometo jurando pra mim mesma que irei o matar

- A partir de hoje você será minha mulher, mãe do meu filho e a porra da primeira dama dessa merda. Você irá usar todos os ensinamentos que paguei caro pra enfirar nessa merda de cabeça. Eu sou o líder aqui -
Alec beija meus lábios e eu não faço nada para o impedir.

- Agora vá cuidar da casa e do nosso filho-
Assim eu fui fazer.
Por agora serei sua cadelinha, porém quando se descuidar eu irei te matar.

Como nunca antes fiz, procurei fazer tudo de modo que agradece meu marido que logo ficarei viúva. Porém preciso encontrar um meio de não deixar meu filho órfã de mãe.

Escolhi o cardápio do jantar pensando em seus gostos e até me arrumei para o esperar para o jantar, coisa que nunca fiz.
Hoje a babá está de folga então antes do horário em que Alec chega em casa coloquei o bebê pra dormir com muita dificuldade sem o leite materno e desci para o esperar levanto a babá eletrônica.

Os gases em volta dos meus pulsos me lembram a todo momento que devo agir com frieza e o deixar pensar que tem o poder.

Assim que Alec chegou como me foi ensinado por Madame Clodette fui ao seu encontro.

- Seja bem vindo-
Na porta me apresso antes do mordomo e o ajudo tirar o terno e seguro a maleta de trabalho para guardar. Alec me olha com divertimento e um sútil sinal de satisfação por ter me "adestrado".

- O jantar já está pronto-
Aviso sem saber mais oque fazer.

- Vou tomar banho antes, prepare uma bebida pra mim-
Me dá as costas partindo para o andar da baixo.
Tive que recorrer ao mordomo para que esse me dissesse como o chefe dele gostava da bebida e de qual bebida.

- O senhor Hoffmann toma o mesmo whisky a anos,duas  doses de uísque puro com um cubo de gelo apenas-
Assinto e ele me ensina a medir a bebida.

- Muito obrigada-
Desde manhã que todos os funcionários estão me ajudando na missão de agradar o capo.

- A senhora está realmente empenhada a fazer seu casamento melhor-
Elogia antes de sair.

Seguro a vontade de cuspir na bebida de Alec e sigo até o quarto, antes dou uma olhada em Mikhail, tudo por você filho.

No quarto Alec estava saído do closet já arrumado deforma informal para o jantar. Caminha até mim e beija meus lábios antes de receber o copo com a bebida que vira em um só gole.

Na sala de jantar novamente Alec parece estar satisfeito ao ver seu prato favorito sobre a mesa. Eu usarei tudo que me foi ensinado, principalmente a ser uma mulher sem sentimentos.

- Amanhã irei receber visitas, no mínimo 20 convidados -
Apenas assinto sabendo que pode ser mais um de seus testes estupidos

- Podem ser recepcionados no jardim?-
Alec assente sem dar importância.
Jantamos em silêncio, não tinha muito oque ser dito entre nós.
Em minha cabeça passava várias cenas que eu o envergonhava perante a todos, seria satisfatório demais.
Depois do jantar Alec foi para seu escritório e eu fui ver Mikhail pra depois ir me deitar.

Nessa noite não preguei o olho por um segundo se quer.
Lá estávamos nos acordados com a primeira noite de febres de Mikhail.
Meu filho estava mole, ardendo em febres no meu colo quando fui comunicar seu estado ao capo.

- Tente baixar a febre, se não baixar em 1 hora iremos ao hospital-
Agora estamos na sala de espera do hospital, a médica pediatra levou meu bebê correndo pra emergência.
Alec estava sentado no sofá de coro da sala de espera privada, eu andava de um lado pra outro sem conseguir me acalmar, se eu fosse o checar de meia hora em meia hora ele não estaria assim, será que sou mesmo uma ameaça ao meu filho?

- Se alguma coisa grave acontecer com meu filho a culpa é toda sua -
Só pode estar louco
Antes que pudesse responder uma enfermeira vem nos chamar nos conduzindo até um dos quartos da pediatria.

Meu bebê estava dormindo sereno com uma agulha enfiada no seu bracinho gorducho.

- Oque meu filho tem?-
Me aproximo da cama e faço carinho em seus cabelos e o dando a chupeta.

- Princípio de pneumonia -
Alec me fuzila irritado

- Mikhail foi expostos a baixas temperaturas nos últimos 5 dias?-
Pergunta pra mim ?

- Eu estive internada nesse período de tempo, ele ficou com a babá -

- Ao todo estamos o dando uma medicação mais forte na veia, assim que acabar poderão ir pra casa e continuar o tratamento via oral -
Alec concorda e ordena que a pediatra nos deixasse sozinhos.

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Forjado a Crueldade  +18Onde histórias criam vida. Descubra agora