𝑪𝒂𝒓𝒐𝒏𝒂

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P.O.V S/N

  Bom,o que eu estava fazendo?Seguindo um garoto que eu conheci à praticamente um dia,especificamente,conheci hoje,e para completar:Ele é líder de uma suposta gangue,ou seja?Ele pode representar tudo aquilo que eu odeio...

  Mas,talvez ele seja uma exceção não é?Afinal,nós ficamos de detenção juntos e o que eu ouvi de sua boca foi praticamente o oposto do estereótipo de alguém como ele.Tipo,todos esses líderes de gangues ou organizações criminosas não tem o menor respeito por uma mulher;o tempo que ficamos juntos sozinhos em uma sala trancada já era o suficiente para ele ter tentando fazer algo por mim,mas não fez ,ele apenas conversou comigo enquanto eu tentava apenas me concentrar no meu livro,mas...Algo nele me fez manter a conversa,e ele de fato disse algo que me deixou sem jeito:"eu jamais tocaria em uma mulher sem a permissão dela..."

  Ao lembrar dessa fala do loiro,estremeci um pouquinho,mas não quis deixar nada aparente.Não quero dar a ele a impressão que eu estou caindo em sua lábia.

  E agora,nós dois estávamos parados em frente à uma moto,mas não era "uma moto" é a moto.Uma CB250-T customizada,só de olhar para essa moto já dá para se saber de que não é qualquer um que pode ser visto com ela.

  -Admirada,"tchutchuquinha"?-Ah sim,uma das únicas coisas que me irritava nele é o fato dele se dirigir à mim como se fosse algo íntimo meu,ou ele usava "S/N-Chan" ou esse maldito apelido "tchutchuquinha" ou "putinha particular"...

  -Me poupe do "tchutchuquinha".-Falei no que eu tentei fazer com que parecesse uma voz neutra.

  -Não respondeu a minha pergunta,S/N-Chan...-O loiro insistiu,com um sorrisinho presunçoso no rosto,e virou seu rosto para encarar o meu.

  -Hum...Um pouco,nunca vi alguém com uma moto dessas,e olho que só escuto falar dela e de um sujeito que anda com ela durante a noite;dizem que o ronco dessa moto pode ser reconhecido mesmo de longe.-Franzi ligeiramente o cenho ao imaginar se ele seria o cara que passa toda noite subindo e descendo com a moto quase ao ponto de estourar a porra do escapamento.

  -E se você descobrir que esse "sujeito" sou eu?-Respondeu ele,com um sorrisinho ingênuo no rosto.Droga.

  -A vizinha do meu condomínio quase infartou com o susto com o motor da moto.-Falei séria para ele,o mesmo olhou para mim e depois desfez o sorriso quando viu que eu estava falando sério.-Ela já é de idade e qualquer susto pode matar aquela véia do coração e fazer ela cair durinha no chão.

  -Ah...-Ele falou meio sem jeito.-Você mora em um condomínio?Em qual?

  -Para que quer saber?

  -Ué,se eu quase infartei sua vizinha véia eu tenho que saber onde é que vocês moram para não acelerar tanto a moto,né?-Ele respondeu com simplicidade.

Arregalei os olhos para ele.Ok,isso me pegou de surpresa,achei que ele não fosse se importar com isso,mas...Ele queria saber onde eu e a véia morava só para parar de acelerar a moto?...

  -B-bom...Eu moro naquele condomínio ali.-Falei apontando para uns prédios que ficavam a uns dois quarteirões do colégio.-Mas eu ainda não estou no horário de voltar para casa.

-Você faz estágio no hospital né?

-Aham,vou para esse hospital quase todo dia depois da escola.

  -Hm...Então eu levo você até lá,mas antes,eu queria te levar em uma lanchonete.-Ele falou sorrindo para mim,e tentou fazer o gesto de pegar a minha mão,mas eu recuei.

  -Não preciso de sua carona,obrigada.-Falei em uma voz séria,eu não estava nem um pouco afim de subir na garupa da moto de um estranho conhecido,mas de certa forma tentei parecer grata por ele se "oferecer" para me dar carona.

"-𝐒𝐎𝐌𝐄𝐓𝐇𝐈𝐍𝐆 𝐀𝐁𝐎𝐔𝐓 𝐘𝐎𝐔" |𝙼𝚒𝚔𝚎𝚢 (Tokyo Revengers)Where stories live. Discover now