KIRA está retornando para seu antigo colégio após seis anos, depois de abandoná-lo no meio do último ano do ensino médio quando mudou-se para Londres, onde terminou o colégio e formou-se na universidade.
Sua saída repentina foi uma surpresa para a m...
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Dias atuais...
EU NÃO aguentava mais guardar caixas e mais caixas. Mudanças são, definitivamente, uma das coisas no mundo que eu mais odeio. Felizmente já estava acabando, mas eu não me lembrava de que tinha tantas tralhas acumuladas.
— Por acaso você não conhece uma coisa chamada "nuvem"?
Minha prima pergunta enquanto terminava de arrumar todos os meus livros. Tyra estava me ajudando a guardar tudo, já que agora iriamos morar juntas.
— Eu prefiro o livro físico. Falei, empurrando a última caixa para longe e pegando minha taça de vinho pela metade.
— Claro que você prefere. Ela revirou os olhos e estendeu a mão, eu peguei a outra taça e a estendi para ela.
— Bom, pelo menos nós já estamos acabando – Eu disse.
— Depois de uma semana.
— Você é mais pessimista do que eu. Falei rindo e me levantando para pegar outra garrafa.
— Eu aprendi com você – Ela rebateu vindo atrás de mim.
Tyra se apoiou na bancada às minhas costas.
— Esta ansiosa para amanhã? Eu a escutei perguntar.
— Mais ou menos – Respondo, pegando a nova garrafa.– O fato de já conhecer todo mundo me tranquiliza um pouco, mas como qualquer emprego novo nós temos aquela cota de preocupação.
Eu me virei para ela e abri a garrafa, servindo sua taça em seguida.
— Eu não acredito que você escolheu voltar para cá – Ela disse.– Se eu tivesse a oportunidade de nunca mais voltar...
— O nome disso é gratidão, Tyra – Eu revirei os olhos.– O sr. Grimes me ajudou muito, ele foi incrível comigo quando me indicou para aquela bolsa. Então agora eu estou retribuindo.
— Você não podia enviar um presente ou algo assim? Aquela proposta do colégio em Nova York era... um sonho. Eu me servi e então dei de ombros.
— Não o meu sonho. Dei um gole na bebida.
Percebi que ela me olhava por tempo de mais, então eu a encarei de volta.
— Por que está me olhando desse jeito? Perguntei.
— Não é por causa dele, é? Ela questiona. Eu franzi minhas sobrancelhas.
— Dele? Dele quem? Eu acabei de dizer que foi um pedido...
— Você sabe de quem eu estou falando. Você não aceitou voltar para cá só por causa do Negan, não é?
Ela apoia as mãos no balcão e me encara com mais firmeza. Eu balancei a cabeça enquanto ria.
