10

139K 9.1K 2.8K
                                    

2/4

🌷Bárbara Passos🌷

Victor colocou um moletom enorme e um óculos de sol e tá com fé que isso vai ser o suficiente para ninguém reconhecer ele.

Odeio aeroportos, ainda mais quando eu estou indo me casar.

Victor fica o tempo parado atrás de mim como se fosse a porra de um guarda-costas, isso tá me deixando nervosa.

— quer um pouco do meu café ? - ofereci mesmo sabendo que ele não toma.

Ele nega e volta a encarar tudo em volta com cara de bunda.

Se eu fosse fã dele sentiria medo de me aproximar e pedir um autógrafo.

Ando até a parte das cadeiras e me sento pra esperar chamarem o voo pra Las Vegas.

Tô tomando meu café quando noto que um grupinho em especial notou a presença do Victor. Eles não param de olhar na nossa direção.

E vamos de ativar o modo atriz.

Levo minha mão até a nuca do Victor e começo a fazer carinho mesmo com a touca do casaco .

Ele fica rígido ao meu toque.

— tem como fingir que tá gostando ? - murmuro - tem alguns fãs olhando pra cá. Provavelmente vão pedir foto.

— me pegou de surpresa- ele virou o rosto na minha direção

— mas você não pode ficar rígido toda vez que eu tocar me você.- digo ainda fazendo o falso carinho.

Ele relaxa um pouco mais ainda não é o suficiente.

Ele parava que odeia a própria noiva. O que de certa forma é verdade já que a noiva sou eu.

— oi- a voz do homem na nossa frente chama a nossa atenção- eu e meus amigos somos muito seus fãs, podemos tirar um foto com você ?

— claro- ele murmura antes de se por de pé.

***
O voo pra cidade do pecado foi calmo, mas assim que pegando o táxi pro hotel eu comecei a pirar, amanhã eu vou me casar.

Depois de passarmos na recepção fomos pro quarto. Assim que abrimos a porta a nossa primeira visão foi a de uma uma pequena sala. No lado direto fica uma suíte e na esquerda outra.

Óbvio que pegamos um quarto duplo. Não vou dormir com ele e não podemos ficar em quartos separados.

— você tem alguma preferência? - pergunto

— tanto faz.

— bom, eu vou pro meu lado.

— claro, a gente sai amanhã no fim da tarde.

Concordo e vou para uma das suítes. Antes de deitar pra dormir liguei pra minha amiga.

Tainá ajudou com o meu nervosismo, saber que ela apoia essa merda me deixa melhor.

No dia seguinte às quatro da tarde tomei um banho pra me arrumar. Coloquei um vestido simples, é um casamento falso mas não quero parecer uma bruxa nas fotos. Pego as duas argolinhas de ouro.

É eu acabei comprando as malditas alianças, sou a única me esforçando. Eu sou a que tem mais a perder.

Depois de me arrumar foi pra sala dando de cara com o Victor.

Ele me encara de cima abaixo.

— não - digo assim que olho pra ele - você não vai se casar usando um moletom.

O contrato Where stories live. Discover now