Prólogo: Ano 3645 II Era

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  As notícias sobre a morte do Príncipe Vërin I se espalharam como fogo em capim seco por todos os exércitos que compunham a aliança

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 As notícias sobre a morte do Príncipe Vërin I se espalharam como fogo em capim seco por todos os exércitos que compunham a aliança. E como fogo fizeram arder no coração dos soldados um desejo de vingança quase incontrolável, pois o príncipe além de ser um comandante implacável em batalha era também benevolente e carismático, fazendo com que fosse respeitado e amado por todos. A notícia que corria era de que Vërin havia sido morto num duelo espetacular contra Asthar, o líder das hordas de monstros hediondos que desafiavam a aliança, falava-se sobre o embate ter durado horas e sobre o choque entre o príncipe e seu algoz ter feito os céus se partirem.

 A perda do príncipe fez com que Vërethar, pai de Vërin e comandante supremo da aliança, decidisse intensificar os ataques e dar um fim a aquela guerra que já durava centenas de anos. Alguns humanos até acreditavam que a guerra havia começado antes mesmo do despertar da sua raça, e talvez estivessem certos. O fato era que homens, elfos e anões viviam para lutar contra as forças de Asthar, passando seus dias guerreando ou se preparando para entrar em combate. Não havia um canto do continente que conhecesse a paz, pois mesmo os pontos mais distantes dos frontes de batalha ainda precisavam produzir alimentos e soldados para o exército que precisava lidar com perdas colossais a cada investida contra os monstros de Asthar.

 Cada exército da aliança foi mobilizado e sob o comando do Marechal Tar-Nëveril os vastos exércitos marcharam, de leste a oeste investindo contra todas as posições do inimigo. A terra que já não conhecia paz há décadas foi lançada em seu período mais turbulento no qual morreriam centenas de milhares de homens, e tal sacrifício era feito com satisfação em nome da criação de uma nova Era. Comandando os exércitos de Vërethar estavam os chamados Primordiais, deuses que haviam moldado a criação, e dentre todos eles talvez fosse Aurorean o mais dedicado e com os soldados mais obstinados.

 Armaduras impecavelmente polidas que reluziam a luz do sol, mas repletas de arranhões e amassados, eram a marca do exército auroreano. Com suas couraças reluzentes os soldados se apresentavam todas as manhãs ostentando orgulhosamente as marcas de combate em suas armaduras, da mesma maneira que ostentavam em seus estandartes e escudos o emblema do nascente. Todos os dias as tropas passavam por uma rigorosa revista feita por seus superiores, e mesmo que não parecesse racional exigir que as armas e armaduras dos soldados, que lutavam dia sim dia não, estivessem polidas e untadas aqueles soldados mantinham-nas assim com uma dedicação quase fanática.

 Os auroreanos haviam sido enviados para enfrentar Zarok, o mais agressivo entre todos os generais de Asthar, um monstro que lutava com terremotos e vulcões, e por isso eram poucos os soldados que tinham a esperança de retornar com vida. A morte contudo não assustava aqueles homens que carregavam consigo a crença de que qualquer sacrifício valia a pena em nome do alvorecer. E acreditando num alvorecer onde seria possível prosperar, onde as florestas voltariam a ser verdes e as montanhas passariam a ser tranquilas e silenciosas enquanto as cidades seriam barulhentas e cheias de vida, os auroreanos se lançaram na batalha contra o Senhor dos Vulcões.

A batalha do vale do alvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora