Está Tudo Bem

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"E eu ainda estou acordando todas as manhãs

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"E eu ainda estou acordando todas as manhãs

mas não é com você"

(Colors - Halsey)

Foram necessárias mais duas semanas para que conseguissem todas as informações das joias e assim calculassem perfeitamente para onde cada equipe deveria ir e para que os trajes estivessem prontos. Foram feitos, ao todo, 10 trajes para a viagem ao passado. Pelo menos dez que eles estavam vendo.

Violet encontrava-se escondida um pouco atrás do grupo reunido, e vestidos adequadamente, no centro da grande máquina. Ela havia conseguido manipular, mesmo de longe, a mente de Stark através de sua pulseira para que ele escondesse um dos trajes para ela e em seguida apagou sua mente, forçando-o a acreditar que realmente havia se esquecido de produzir o décimo, e assim construiu um a mais sem saber.

Foram dois anos sozinha, tendo de sobreviver por conta própria, mas valeria a pena. Valeria cada lágrima que derramou e cada vida que Thanos ceifou. Ela mudou e amadureceu muito com o passar dos meses, fora forçada a isso se quisesse sobreviver. Não deveria estar alí, reconhecia o risco, mas arriscaria tudo que tinha se isso significasse que tinha uma pequena chance de encontrar-se com Peter outra vez. Apenas o pensamento de finalmente poder vê-lo, abraçá-lo e tocá-lo novamente, parecia um sonho muito distante, quase impossível, mas precisava controlar suas emoções.

Violet permanecia escondida sem que sequer desconfiassem de um intruso na base dos Vingadores, observando-os de longe esperando o momento certo de agir. Planejara aquele momento por meses, e vigiou todos os membros graças a pulseira que sempre carregava consigo. Era também uma forma de matar a sua saudade, ainda que tivesse deixado de usá-la nos primeiros dias que acreditaram em sua falsa morte. Mesmo sabendo que as tentativas seriam inúteis, nenhum dia se passou sem que ela tentasse ao menos uma vez conectar-se a Peter. Falhou em todas as tentativas, sabendo que ele já não estava naquele mundo há muito tempo. Ainda assim, era a dolorosa esperança que a mantinha viva.

Tudo estava indo de acordo com o plano. Bruce clicou em alguns botões e a máquina começou a funcionar, os capacetes foram ativados e eles sumiram em um piscar de olhos. Violet sentia o coração acelerar. Estava na hora de agir, não tinha muito tempo e já passara por demasiado para algo dar errado a esta altura.

Agarrou fortemente o pingente que continha um fio de cabelo de Bruce, concentrou-se e invadiu a mente dele. Com o passar dos meses, conseguiu desenvolver o controle da mente das pessoas com mais facilidade. Andou em passos rápidos até o centro da máquina e olhou para o homem grandão e verde. Bruce estava parcialmente consciente. Violet desenvolvera uma forma de não ser tão invasiva, de forma que a pessoa estaria consciente do que via e ouvia, mas não pudesse reagir por vontade própria, acatando sem pestanejar as ordens do dom da jovem. Ele via Violet bem em sua frente, com o traje branco e sua aparência mudada, mais madura, mas ainda com um leve ar de menina. Bruce, consumido pelo turbilhão de emoções, sentia suas mãos tremerem lutando contra o dom da jovem, mas era inútil. Ao mesmo tempo que queria livrar-se e abraçá-la, a emoção o distraía o suficiente para que Violet tivesse vantagem sobre sua mente e corpo. Não poderia julgá-lo se desmaiasse, afinal, em pé na sua frente estava uma pessoa que todos acreditaram estar morta. Mesmo assim, naquele momento era um prisioneiro em seu próprio corpo. Ouviu a voz dela em sua mente ordenando que a mandasse de volta para qualquer dia de dois anos atrás, depois de a terem salvo e, após feito isso, esquecesse que a viu. Era um pedido simples e bem arriscado, mas Bruce não precisou de muito tempo para saber exatamente o que ela buscava no passado.

𝐕𝐢𝐨𝐥𝐞𝐭𝐚 | 𝙿𝚎𝚝𝚎𝚛 𝙿𝚊𝚛𝚔𝚎𝚛Onde histórias criam vida. Descubra agora