Estava varrendo dentro de casa, e me lembrei do mar distante: Quando o chuá de ondas chegou, e dos meus pensamentos me libertou.
Olho para cima, o céu está lindo, a praia a noite de certa forma me traz conforto. Me aproximo da porta e uma brisa agradável me percorre.
Eu abro um sorriso.
──── Eu amo esse lugar. ──── digo, ainda sorrindo.
Amo mais ainda quem eu conheci nele. Faz pouco tempo que novas pessoas vieram morar na grande mansão de Tipora, um casal com dois filhos chamados Amelie Florence e Olivier Florence, viajaram até aqui devido ao trabalho de seu pai, que foi contratado para avaliar as obras de um pintor desaparecido que vivia na mansão onde os Florence ficam, Constantino Moretti. Bárbara e eu ficamos muito animados com a chegada de novas pessoas na ilha, e pessoas tão legais assim, Amelie é a mais velha dentre nós quatro, ela é bem animada e energética, Bárbara é uma amiga minha de longa data, bem alegre e doce, Olivier, bom, ele é um cara muito legal e bonito que passou bastante tempo comigo, até mesmo me lembro de quando pescamos um dia.
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As águas estavam quietas.
──── Demora tanto tempo assim? ──── Olivier diz, nitidamente entediado.
──── Nem sempre, isso depende do dia, e é preciso um pouco de paciência e sorte também. ──── eu falo.
──── Não me dou tão bem com a sorte mesmo. ──── ele diz.
──── Eu acho que você é bem sortudo. ──── eu falo, não pensando muito sobre o que falei.
──── Acha é? ──── Olivier diz curioso.
De alguma forma estranha essa simples frase me fez ter calafrios
──── Sim! Bom, você é rico, pode viajar para os lugares, tem um bom desempenho em várias coisas, e também é muito... muito... você é bo... ──── eu tento formular a palavra mas minha boca trava na hora.
(Por que estou nervoso?? É só um elogio!!)
Durante essa situação não percebo que Olivier está um pouco inquieto demais olhando em direção ao mar com sua vara tremendo um pouco. Depois de um longo suspiro vejo a situação.
──── Caramba, você tem uma presa ai! ──── eu falo.
──── Pois é! ──── ele ri um pouco. ──── Mas eu vou precisar de ajuda.
