Capítulo 1 - Carolina

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⚠️Esse capítulo pode conter gatilhos sobre relacionamento abusivo ⚠️

"Até o inferno seria melhor"

Nunca fui de acreditar muito em Deus ou Diabo, mas não posso negar que existe o bem e o mal.

Desde muito nova sempre me imaginei como bem sucedida, com uma família linda iguais aos famosos, uma casa em um condomínio bacana, carro do ano. O que toda menina novinha imagina sabe?

Mas nem tudo sai como a gente planeja.

Meu nome é Carolina, tenho 22 anos e agora vou contar como entrei pro crime.

Mas antes tem muita coisa que vocês precisam saber, uma delas é como tudo na minha parte começou. Claro, na minha cidade natal.

RJ! 021.

Nasci e fui criada na Tijuca, pelos meus avós paternos, nunca conheci minha mãe e meu pai era um fudido que decidiu abandona a filha pra se casar com uma europeia tosca. Meus avós nunca aceitaram isso, não é atoa que eles nem falam mais com ele.

Na moral, tenho que reclamar de nada não sabe? Meus avós sempre me deram tudo do bom e do melhor, sempre fui a neta mimada. Meu avô é como um pai pra mim, sempre me ajudava nas lições de casa, minha avó então? Nem se fala, a coroa é demais.

Mas como dizem nem, a vida sem uma dificuldade ou tentação não é vida não é mesmo? Comigo não foi diferente, eu estudava em escola pública apesar dos meus avós terem condições para me colocar em escola particular, mas eu nem ligava, gosto mesmo é da bagunça.

Na escola sempre fui a mais animada, não era de muitos amigos mais os poucos que eu tinha já serviam e eram sinceros. Mas como todo adolescente eu tinha minha paixãozinha, Eduardo!

Ah Eduardo! Bem pique cria mesmo, aquele sorriso de deixa qualquer calcinha de ninfeta inclusive a minha molhada.

Nos falávamos com frequência, tanto na escola quanto fora, ele me ligava e me mandava mensagem, super fofo e carinhoso, mas é claro com aquela safadeza que não pode falta.

Eduardo era da favela, de um morro ali perto da escola, nunca negou de onde veio e isso também me deixa mais caidinha ainda.

Um dia ele me convidou para ir pro baile onde ele morava, não preciso nem dizer nada né? Prontamente aceitei, inventei que iria dormi na casa de uma amiguinha em casa e fui pra porta do morro. Chegando lá via vários vapos com pistolas e fuzil na mão.

De início o medo se instalou em mim, mas depois a adrenalina veio à tona, o tesao veio depois quando vi Eduardo descendo o morro em uma moto, a camiseta no ombro todo gato.

Vou sentar gostoso hoje!

— Nossa princesa, se a intenção era mata o pai aqui avisa pra que eu possa colocar pelo menos um colete à prova de balas — Diz enquanto descia da moto e me faz da uma voltinha — 10 barra 10 no quesito gostosa.

— Mas eu to apenas de vestido e tênis — Falo rindo envergonhada pelos seus elogios.

Ta, ai vem a verdade, Eduardo era o meu primeiro, nunca tinha me interessado em nenhum menino como havia me interessado por ele, jurei ate que gostava de xota. Mas depois que vi ele jogando futebol não deu outro.

Herdeiras do crime - Onde tudo começouWhere stories live. Discover now