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Audrey Thompson

Respiro fundo assim que entro na sala do diretor. Minha mãe e meu pai com um olhar confuso, os pais de Maic com um olhar decepcionado e Maic com a cara de merda dele.

- Bom, creio que vocês estejam confusos - Julius se refere aos meus pais - aconteceu uma coisa muito triste, esse rapaz assediou Audrey

Assim que ele solta as palavras meu pai levanta da cadeira e minha mãe vem até mim.

- como? - meu pai diz

- quando cheguei no local, seu filho já tinha sido espancado pelos colegas de Audrey, eu não cheguei a tempo de impedir, senhor e senhora Light - dessa vez ele fala com os pais de Maic - ele passou dos limites. Maic está expulso.

As palavras atingem a mulher loira em cheio, o rosto dela logo fica completamente vermelho.

- diretor, por favor - o homem se levanta indo até a mesa do diretor

- não tem volta. Foi algo grave - o diretor tira os óculos passando a mão nos olhos

- irei fazer um b.o - meu pai se apressa em dizer

Meu pai está em nervoso, mas tenta parecer calmo.

- diretor, não temos condições de pagar outro colégio interno pro nosso filho - a mãe de Maic começa a chorar - por favor, dê outra chance, nós iremos fazer ele se arrepender

A mulher quase ajoelha, mas é segurada pelo marido.

- eu não entendo Maic, nós não te criamos assim - o pai olha furioso para o filho

Ainda estou esperando desculpas da parte deles. Reviro os olhos com o teatro a minha frente.

- moço, podemos resolver de outra forma, podemos te dar dinheiro, fazer qualquer coisa, mas por favor, não meta a polícia nisso - o homem diz para meu pai, que nega com a cabeça

- minha filha acaba de ser assediada e você tem coragem de pedir para eu não acionar a polícia?E a marca que minha filha vai ficar pro resto da vida ein? Ela vai sofrer e seu filho vai continuar solto por aí, sem pagar pelo que fez? - meu pai esbraveja

O homem engole seco.

- diretor, por favor - a mulher se joga no chão, ao lado da cadeira que o diretor está sentado

Julius se levanta e vem até o meio da sala.

- não sei o que irá acontecer lá fora, mas aqui Maic não pisará mais - ele entrega papéis para o pai do menino

- não, por favor! - a mulher levanta com a mão no rosto - isso é de mais para mim

Minha mãe permanece agarrada em mim, ao meu lado, ela está soando de nervoso. Aperto seus braços e ela respira fundo.

- está decidido! Não irei apoiar uma atitude nojenta dessas - o diretor abre a porta da sala, pedindo para chamarem um segurança

- eu não vou denunciar ele - minha voz sai fria e sem qualquer sentimento - mas é por pena da sua mãe - olho para Maic, que me encara cheio de ódio - você é um ser horrível e desprezível

Thompson Where stories live. Discover now