You Mine

Capítulo 02 - Manuella

Começo pelos caça-níqueis, é uma máquina de jogo que funciona por meio da introdução de moedas e que paga um prêmio, igualmente em moedas ou com a emissão de um voucher, a quem acertar as combinações previstas.

Acho que estou com sorte hoje essa noite, ganhei todas. Agora estou indo em direção a roleta. O uso da roleta como elemento de jogo de azar. Aposto no número, o moço gira a roleta, e prendo o ar assim como todos na mesa.

-- Número onze cor preta. - Diz o moço, solto o ar relaxando não contendo minha felicidade.

-- Parabéns, você é uma menina de muita sorte. - Comenta uma senhora muçulmana muito bonita.

Jogo mais umas duas rodadas e vou para outra mesa de jogos, essa tem craps, os jogadores se revezam para servir como lançador e lançam dois dados de seis lados sobre a mesa. O objetivo principal do jogo é realizar uma aposta bem-sucedida no resultado desses lançamentos, no lançamento seguinte ou em um resultado especificado a ocorrer antes do término da rodada.

Na primeira rodada eu perco, mas relevo já que comecei agora. Aposto a segunda rodada e acerto. Comemoro internamente minha vitória, e aposto novamente.

-- Parece que está com sorte hoje Manuella. - Fala o árabe com um leve sotaque e dou um pulo inconscientemente.

Pera...Como ele sabe meu nome?

-- Ai que susto garoto! - Falo pondo a mão sobre o peito.

-- Se acalme habibi. - Diz o árabe com um leve sotaque

Calma é o caramba, quem ele pensa que é pra chegar por trás de mim. Sorte dele que eu tive um delei, se não ele teria leva um soco e caia no chão.

-- O que você quer? - Pergunto já sem paciência. Me estressei nessa porra também....

-- Nada, só lhe parabenizar. Você está sendo a que mais está chamando atenção nesta noite, com sua sexualidade e beleza exuberante.

Não sei nem qual reação ter, ao mesmo tempo que quero o mandar ir a merda, quero agradece-lo por me chamar de sexy e bonita. Acho que depois de muito tempo, senti aquele famoso frio na barriga.

-- Agradeço o elogio, mas se me der licença irei voltar aos jogos. - Digo com um sorriso nos lábios, ele é tão.... tão... tão, não sei explicar....

Me viro de costas e ando rebolando até a próxima mesa de jogos me sentido incrivelmente gostosa, acho que essa foi uma das raras vezes que alguém do sexo oposto vem me elogiar, não sei se é porque eu me emocionei um pouco, mas achei seu comentário sincero.

Agora será o Craps, que se joga com dois dados de seis lados . Até doze pessoas podem jogar ao mesmo tempo. Porém apenas um jogador torna-se o lançador em cada rodada.

No Craps, os jogadores se revezam para servir como lançador e lançam dois dados de seis lados sobre a mesa de Craps.

O objetivo principal do jogo é realizar uma aposta bem-sucedida no resultado desses lançamentos, no lançamento seguinte ou em um resultado especificado a ocorrer antes do término da rodada.

Começo devagarinho não me arriscando muito, não quero sair daqui lisa, sem nenhum tustão furado. Ainda sou virgem pra rodar bolsinha.

Ganho seis rodadas seguidas, perco por desatenção na sétima. Acho melhor parar um pouco , descansar, tomar um drink, e contar quanto eu já ganhei nos jogos.

Como são moedas que só tem valor nos cassinos e se tem que trocar no caixa por dinheiro, eu vou ao mais próximo. Vou com a moço que está no caixa, ela parece tão inocente e legal.

-- Boa noite, eu gostaria de trocar minhas fichas e moedas por dinheiro, por favor. - Falo sendo o poço de delicadeza e educação. Entrego a ela e vejo ela arregalar os olhos.

-- A senhora juntou com os dos seus amigos não é? - Pergunta surpresa.

-- Não, é só eu mesmo, por que? - Pergunto curiosa.

-- Por nada. A senhora tem novecentos e noventa e nove mil e oitocentos e cinquenta reais. - Diz quase perdendo o fôlego e automaticamente meu queixo cai no chão.

-- A senhora pode continuar com essa grande quantia em mãos, colocar em cheque, transferir para sua conta bancária, abrir uma conta no cassino ou doar. - Diz sugestiva me dando várias opções do que fazer com o dinheiro.

Tenho que fingir costume, afinal de contas esse cassino é da elite da elite. Pego meu celular na bolsa e ligo para minha prima, e digo para ela trazer o meu primo também. Eles dois são adultos e mais velhos, e o principal, tem uma conta bancária.

-- O que aconteceu? - Perguntam meus primos desesperadamente preocupados.

-- Então... Eu tava jogando nos jogos e decidi fazer uma pausa para trocar o dinheiro, só que deu mais do que o esperado. Vocês podem colocar a quantia em dinheiro na conta de vocês, já que eu ainda não tenho conta no banco? - Falo sendo o mais delicada possível para eles me quebrarem esse galho.

-- Tá bom. Mas quanto que você ganhou? - Meu primo pergunta.

-- Eu ganhei novecentos e noventa e nove mil e oitocentos e cinquenta reais, vai ser metade pra cada um, que no caso é quatrocentos e noventa e nove mil e novecentos e vinte cinco. - Os dois me olham incrédulos.

-- Tem certeza? Tu ganhastes tudo isso só jogando? - Pergunta e eu assinto.

-- Não é possível, quer dizer é praticamente impossível. - Diz meu primo.

-- Tá, agora me passem logo a conta bancária de vocês.

Fazemos as transações e fomos ao bar. Aqui o bartender é outro.

-- Boa noite, quero um drink com pouco álcool. - Peço.

-- Não precisa pagar, é por conta da casa... - Diz o bartender.

-- Que isso, tá podendo! - Diz meus primos tirando sarro

-- Vocês são acompanhantes, também não pagam. - Diz.  

-- Agora tá na hora de cantar parabéns, vamos voltar pro camarote com todo mundo.

Fomos ao camarote e organizamos tudo para ficar tudo bonitinho, nos organizamos ao redor da mesa que tem no camarote. O bolo é estilo bentocake e está escrito " A dezoito anos reclamando e estressada.".

-- PARABÉNS PRA VOCÊ, NESTA DATA QUERIDA... - Começamos a cantar.

-- ... É BIG, É BIG, É HORA É HORA....MANUELLLA.... MANUELLA!!!! - Cantamos alegres.

Olho para a escada do camarote e vejo um garçom subindo com duas champanhes, como todos estavam entretidos com o meu parabéns. O moço meio que interrompe o parabéns e diz:

-- Mandaram entregar a vocês, ele pediu para ser anônimo. - Fala o garçom. E continuamos o parabéns;

-- COM QUEM SERÁ? COM QUEM SERÁ? COM QUEM SERÁ QUE A MANUELLA VAI CASAR? VAI DEPENDER. VAI DEPENDER. VAI DEPENDER SE O ANÔNIMO QUE DEU AS BEBIDAS VAI QUER! - Cantamos curtindo o momento.

-- Agora vamos abrir o champanhe, na contagem.... - Digo já chacoalhando a garrafa.

-- Três... Dois... Um... E....PLOC.. - Contamos juntos. A rolha da garrafa salta, a bebida começa a espumar.

-- TIM, TIM..

BOA NOITE, PERDOEM-ME PELO SUMISSO

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO.