overwarming love

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LONDRES, INGLATERRA
DIAS ATUAIS



  YOGA era uma das coisas favoritas de Quinn e ela mantivera o hábito sempre ao voltar da academia, perto das oito da manhã. Seu horário de trabalho era um pouco mais flexível porque na maioria das vezes trabalhava em seu próprio escritório em casa e, não apenas seu horário de trabalho era flexível como o próprio trabalho em si. A estilista tinha planos para o segundo semestre quando voltasse de férias, mas era algo que ela precisaria trabalhar com a sua ansiedade porque ainda restavam mais algumas semanas de folga e não queria pensar nisso antes da hora.

  Quando chegou de Portugal, foi direto até a casa do casal alemão para trazer o cachorro para casa; sentiu-se acolhida quando o cãozinho não parava de a lamber querendo dizer que sentia falta, e quando chegou em casa, os dois foram direto para a cama. O labrador sequer estava cansado — mesmo passando a manhã inteira correndo com os outros grandes no jardim de Kai —, mas ele ficou deitado ao lado da dona e a observou pegar no sono. Se aconchegou contra o corpo enorme dela e ali ficou até a mais velha acordar mais tarde.

  Era quase seis da tarde quando Quinn levantou da cama e a primeira coisa que fez foi preparar um café enquanto encarava seu celular e a mensagem que a mãe não havia recebido sequer. Estava desanimada e queria desistir de conversar, mas ela não queria ficar mais tempo assim com os pais. Precisava entender o que havia se passado para a relação que era tão bem construída ter se desmoronado. Com nervosismo, clicou no contato da mãe e esperou a mais velha atender, mas apenas chamava e nada de Daisy Williams-May atender. Tentou três vezes e nada. Resolveu ligar para o pai e também não teve nenhum resultado.

  Ela já não conseguia segurar as lágrimas e sentia cada vez mais forte aquele sentimento ruim dentro de si. Ela não queria desistir, mas depois de cinco tentativas era desanimador. Resolveu então ligar para sua avó para ter ao menos algum contato familiar.  Pela alegria do seu coração, a matriarca da família Williams atendeu a ligação do FaceTime com seu rosto perto demais da câmera. Quinn riu fraco e falou alto para a mais velha escutar.

  — Oi vó!

  — Quinn? Ah, está aí! — ela riu ao ver a neta pelo outro lado da linha. — Como está minha flor? Tudo bem? Faz tempo que não vejo você! Quando voltar vou aí na sua casa fazer uma macarronada!

  Quinn sorriu se sentindo bem e acenou com a cabeça. Gostava muito da cultura internacional das avós que chegam em qualquer lugar e vão direto fazer alguma comida, principalmente para a família.

  — Sim, podemos fazer isso — sorriu. — Como estão as coisas?

  — Muito boas! Ontem eu e seu avô acabamos com seus pais no baralho! Estão sentindo até agora — brincou.

  — Eles ainda não aprenderam que contra vocês não tem chance nenhuma?

  — Ah, eles são teimosos! — disse sério, fazendo a neta rir.

  — E como eles estão? Tentei ligar antes mas nenhum deles me atendeu — ela jogou um verde sem saber se gostaria realmente de saber a resposta. Para sua surpresa, a avó riu.

  — Você nem sabe o que aconteceu! Daisy, Mick, Quinn está no telefone!

  Em poucos segundos o casal chegou na frente da tela e ambos acenaram felizes para a filha.

COURAGE | Mason Mount (concluída)Место, где живут истории. Откройте их для себя