Capítulo 10

318 31 1
                                    

Sirius, Lucius e Severus estavam dormindo todos na mesma cama, e depois do dia cansativo que tiveram, somente se enrolaram um em volta do outro e decidiram encerrar o dia; mas todo o sono e cansaço que os três sentiam, foi embora no momento em que um ponto de luz tão forte que acordaram todos invadiu o quarto e levou os três a saírem correndo em direção ao quarto na frente ao deles.

Draconis estava sentado no meio da grande cama que tinha em seu quarto, ele estava chorando, mas os adultos sabiam que não podiam fazer muito pra ajudar até a visão terminar, então somente suspiraram enquanto começavam a fazer os feitiços que podiam para manter o que estava a volta no lugar. Não levou nem três minutos e alguns objetos jogados na parede, para tanto Neville quanto Harry também entrarem no quarto.

– O que está acontecendo com ele? -Harry perguntou querendo se aproximar, mas foi parado pelo Neville que somente olhou pra ele.

– Ele está tendo uma visão, vamos somente esperar para ver quanto tempo vai levar pra acabar. -Lucius falou suspirando, a carta ainda na sua mente, deixando ele tenso com a ideia de que aquela visão viria com mais problemas.

– É sempre assim? -Neville perguntou chegando mais perto do que tinha permitido Harry se aproximar, e parando do lado do Lucius, enquanto Severus e Sirius ficaram do outro lado da cama.

– Nem sempre, às vezes ele tem visões e a gente nem mesmo percebe, como foi ontem com a carta ou o Harry estar acordado, mas às vezes é assim, e às vezes são mais dolorosas. -Severus falou se lembrando de momento tensos que viveu ao lado do filho, enquanto ele estava vendo a visão.

– Por que elas podem ser dolorosas? -Harry perguntou realmente interessado no assunto.

– Porque muitas vezes, ele não simplesmente vê o que aconteceu ou vai acontecer, ele pode entrar tão fundo e acabar sentindo o que a pessoa sentiu naquele momento. -Lucius explicou começando a ficar preocupado com o tempo em que estava levando para ele voltar.

– Mas estamos em guerra, muitas pessoas estão sofrendo ou infelizes; ele realmente tem que viver o que as pessoas estão falando? -Harry perguntou pensando em todas as pessoas que ele já viu sendo mortas e aquelas que ele soube que estavam sendo torturadas, ele também não recebeu resposta nenhuma.

Draconis se sentia preso, essa parecia ser uma daquelas visões que ele mergulhou tão fundo que estava vivendo junto com a pessoa, ele não tinha certeza de quem era, mas sabia que estava no passado e que a pessoa era um sonserino pelo uniforme que usava.

Eles caminharam pelo castelo de Hogwarts, e o aluno definitivamente não deveria estar fora do seu dormitório naquele horário, mas a forma que ele mexia as mãos sem parar e parecia estar sussurrando freneticamente dava a entender que ele não estava completamente bem mentalmente. Eles foram até o banheiro que na sua época estava abandonado e era o lar do fantasma, mas ali era era somente o banheiro feminino que parecia estar em pleno funcionamento.

E foi quando o aluno olhou no espelho, que Draco pode finalmente ver quem ele estava seguindo naquela noite, no espelho estava Tom Riddle e ele parecia transtornado que nem mesmo parecia a mesma pessoa que ele já tinha visto em algumas visões que teve com Dumbledore.

Era como se ele não estivesse sozinho na própria mente, e como a visão só mostrava o que já tinha acontecido, outra coisa estava enlouquecendo ele.

Todos congelaram, em um momento Draco estava sentado na cama, no momento seguinte estava deitado na cama e revelando seus olhos; ele parecia congelado ali e ninguém se atreveu a nem mesmo respirar, esperando o primeiro sinal para poder fazer o primeiro passo.

– Dada? -o loirinho perguntou em sussurro, que todos só puderam ouvir porque nem mesmo estavam respirando.

Lucius foi o único que se mexeu, ele se aproximou mais da cama e então do lado do filho, que se aproximou dele, escondendo o rosto na barriga do mais velho, e depois cobrindo os dois, como se não quisesse que ninguém mais visse eles no momento deles.

– Eu vou pegar o chocolate quente. -Severus falou baixinho, mas saiu do quarto levando todos os outros.

– O que está acontecendo? Eu nunca vi ele voltar assim. -Sirius foi o primeiro a perguntar, pegando na mão do professor e quase implorando com os olhos por uma resposta.

– Foi uma visão ruim, acredito que não tenha sido dolorosa, mas Dragão possivelmente não sabe o que fazer com ela ou decifrar o que aconteceu, por sorte não acontece muitas vezes; mas quando acontece não é divertido, ele possivelmente vai querer passar os próximos dias na cama forçando visões e somente a presença do Lucius vai ajudar. -Severus falou enquanto puxava Sirius para a cozinha com ele, sabendo que estava sendo seguido pelos adolescente que estava prestando atenção.

– Por que Lucius? -Neville perguntou se sentando na bancada e observando como aquele processo era diferente do chocolate quente que ele estava acostumado.

– Porque foi Lucius que deu a luz, eles têm uma maior conexão, mesmo motivo para o Draco deitar a cabeça na barriga do pai, não é? -Sirius respondeu, juntando as informações tinha visto com o pouco que já sabia em relação ao relacionamento em que estava entrando.

– É isso mesmo, ele pode amar todos os pais da mesma forma, mas nenhuma conexão supera ao pai que carregou ele. -Severus falou olhando diretamente pro Sirius que corou antes de sorrir, entendendo que agora ele era como um pai pro menino.

Severus serviu uma xícara de chocolate quente pra todos, e enquanto ele carregava a dele e a do filho, pra cima, Sirius veio atrás carregando a Lucius e foi seguido novamente pelos dois adolescentes que concordaram em somente ver o Draco uma última vez, antes de deixar ele descansar.

Assim que os quatro entraram no quarto, Draconis se sentou de uma vez na cama, seus cabelos começaram a brilhar e seus dois olhos ficaram roxos, diferente do normal onde era somente um.

– Duas cobras, levadas contra a vontade para as Trevas

Encontraram amor onde não esperavam

Encontraram esperança e sem saberem acordaram a verdade

Dali gerou uma vida, já destinada à morte

E da morte veio a vida

E a vida veio com preços

As duas cobras reencontram o leão

Leão corajoso e leal escolhe ouvir

Uma sombra cruel esconde a verdade

Dois viram três por toda eternidade

A criança errada e a vida que veio da morte

Mostram a verdade e libertam a mentira.

Tantas mudanças - DrevilleWhere stories live. Discover now