livros, baunilha e louis.

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Uma vez incluído em lugares com relações interpessoais, desde pequeno, o esperado
é que você comece a se envolver em círculos sociais. Simplificando: o esperado é que você faça amigos.

Esse é o momento em que se começa a desenvolver sua identidade, seus próprios critérios e a se reconhecer como sujeito ativo e pensante.

Harry Styles, porém, nunca foi uma pessoa muito boa no quesito "fazer amizades".

Ele sempre foi quieto e tímido, sem coragem para chegar nos coleguinhas na escola para perguntar se queriam brincar com ele, e ao que Harry cresceu, isso não mudou.

Quando sua carta de Hogwarts chegou quando tinha 11 anos, com seus pais muito satisfeitos após duvidarem tanto dele, ele só conseguia pensar em como sobreviveria lá.

Bem, acontece que ele acabou por conhecer muitas pessoas amigáveis que o ajudaram a se inturmar e que sempre o incluíam em tudo.

Mas uma delas era um pouquinho mais especial e garantia o primeiro lugar no coração de Harry.

Uma das memórias mais frescas e agradáveis que ele guardava em sua mente era a do dia em que conheceu Louis Tomlinson, seu melhor amigo, quando tinham 13 e 14 anos.

past on

Era Natal em Hogwarts, uma época mágica onde os alunos iam para casa se aconchegar nos cobertores quentes e no abraço de suas famílias e só retornavam após o Ano Novo.

O céu estava claro após o almoço, as paredes geladas da escola tornavam os corredores frígidos e a neve caia ali.

Harry havia sido o único de sua casa a não voltar para sua família para as festas, a comunal da Corvinal estava solitária e ele já estava por um tempo considerável encarando as enormes prateleiras cheias de diversos livros, tentando escolher um que o interessasse e que ainda não tivesse lido. Mas, ele sentia que não era assim que queria passar o seu Natal - sozinho e deprimido por mais um ano.

Ele começa a se arrepender por ter mentido para seus amigos.

Então ele sai da torre confortável preenchida por azul e cobre e anda pelos corredores escuros e gélidos da escola até o pátio, tomando cuidado para não escorregar no chão molhado pela neve, com o propósito de encontrar uma alma viva pelo castelo.

Tudo o que ele encontra encarando o pátio, no entanto, são as flores, bancos e estátuas cobertas de neve e um frio de arrepiar. No clima confortável da comunal, ele não se lembrou de vestir algum suéter a mais. Ele suspira tristemente ao pensar em subir todos os andares que acabou de descer para pegar outro, mas ele se vira para ir de qualquer jeito.

Ver olhos azuis e um sorriso desnecessariamente perto de seu rosto ao virar-se foi uma enorme surpresa.

Enorme do tipo: ele quase caiu.

- Ai, caramba! Me desculpa, eu não queria te assustar! - um garoto, com sua expressão contorcida em preocupação, segura Harry a alguns centímetros de bater na mureta atrás dele.

- Hm... Relaxa, eu só não esperava achar alguém por aqui e, sabe, tão perto.

É meio constrangedor, mas Harry consegue manter seus pés firmes no chão úmido e recuperar seu equilíbrio quando o garoto tira as mãos de seu corpo, escondendo-as no moletom verde musgo.

AmortentiaWhere stories live. Discover now