18. Casamento

1.9K 242 55
                                    

Capítulo 18

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Capítulo 18

Minha mão repouso delicadamente sobre a mão estendida de Christian, e Taylor deixou um beijo leve sobre minha cabeça antes de me entregar totalmente no altar.

O silêncio continuava reinando, enquanto o padre recorria as palavras do casamento. Ele parecia estar pulando algumas partes, eu sabia de alguma forma que era a mando de Christian.

Eu quis rir, mas mantive a expressão neutra e tentei me concentrar na parte em que ele iria pedir para eu repetir as dele, ignorando a mão quente de Christian que ainda segurava a minha, o polegar acariciando meu torso provavelmente de forma inconsciente para ele.

_ Hoje estamos aqui para celebrar o amor, a união em seu mais puro ato: o casamento...

Minha mente vagava a cada instante, e apenas segundos se passaram. Era muita coisa em volta. Eu não conhecia nem um terço da metade dos convidados, e aquilo me incomodava. Não por ser meu casamento, mas porque eu não fazia do que aquelas pessoas eram capazes de fazer. Eu sentia um frio na barriga, minha nuca arrepiada e minhas mãos tremiam. Eu vi Christian olhando de relance para mim por diversas vezes, e ele apertava minha mão de vez em quando e eu não sabia se aquilo era para me confortável ou uma tentativa de me fazer parar quieta.

_ Eu prometo amar... - Christian repetia as palavras do padre enquanto colocava a aliança em meu dedo, e eu tentava respirar uniforme.

Em breve seria eu e minha garganta havia travado.

_ Repita comigo, Anastasia - o padre pediu.

Eu assenti, inspirando o ar devagar para me preparar. Não era tão difícil. Antes que eu conseguisse abrir a boca meu corpo inteiro paralisou, eu segurava a mão de Christian e mantinha a outra segurando a aliança, mas meu cérebro se fechou totalmente para aquele momento ao ouvir o clique que eu estava acostumada tanto quanto com as batidas do meu coração.

Havia algo sobre mim que os treinadores do campus diziam: eu pensava rápido, muito rápido, porque eu analisava tudo ao meu redor sem parar. Ao primeiro indício de algo fora do lugar, eu reagia. Aquilo era bom, salva minha vida muitas vezes. Mas aquilo também me fazia ser impulsiva. Eu pensava em me defender, o instinto de sobrevivência sempre em alerta, procurando brechas, mas nunca fugindo, e sim destruindo a ameaça. Eu era tao impulsiva a ponto de não pensar adiante, eu só pensava no momento.

Eu captei o clique da arma, do mesmo modo que captei alguém se levantando, e meu cérebro redirecionou meus olhos exatamente no inimigo. Minha mão já estava no punhal no mesmo instante em que a bala veio em disparada em minha direção. Eu senti meu corpo se movido, alguém havia captado o disparo no mesmo instante que eu, mas o punhal foi mais rápido em minha mão, passando por um tris ao lado da bala que voava, e acertando em cheio a testa do atirador.

O silêncio perdurou durante alguns segundos ainda, minha respiração engatada enquanto meu corpo batia no chão. E então o mundo explodiu em gritos a volta.

50 Tons de uma MáfiaWhere stories live. Discover now