O Tom estava prestes a me dar o meu presente quando a campainha toca. Abro meus olhos e vou lentamente até a porta.- Deve ser o pessoal vindo aperrear nosso saco ou tentar descobrir onde é a casa da Melissa. - digo rindo. O Tom levantou rapidamente então não consegui ver o presente ou onde ele estava.
- Anne?! - fiquei em choque, entre todas as visitas que eu esperava. Ela era a última da lista!
Vocês lembram dela? Foi ela quem me atendeu quando fui comprar roupas para o Tom, os meus amigos até fizeram amizade com ela ( se eu não me engano ) porém não imaginava que ela ia aparecer na porta da minha casa.
° ◇ 💭 ◇ °
- Boa tarde! Em que posso ajudar? - Uma moça veio em minha direção, e em seu crachá estava escrito "Anne".
- Ah! Oi... Anne, boa tarde. Na verdade sim, não sei se essas peças de roupas vão ficar confortáveis em meu... amigo? Isso, amigo! - Percebo seu olhar confuso mas logo depois ela balança sua cabeça tentando "afastar" seus pensamentos para tentar me ajudar.
- Ok... qual é o tamanho dele? - Ela pergunta tentando me ajudar.
- Ele é mais ou menos assim, ou assim... é eu acho que ele é tipo assim. - Falo abrindo e fechando meus braços para tentar mostrá-la o tamanho e a largura dele.
- É... o tamanho que ele veste moça. - Anne me olha estranho.
- A sim, claro! Bom... eu não sei. – Solto um sorriso falso.
- Como eu odeio meu trabalho. - Resmunga para si mesma.
- Oi? - Não tinha escutado nitidamente a sua fala.
- Eu disse que preciso ir ali resolver umas contas! – Sai rápido do local.- Tá bom né... – Volto a olhar as roupas.
° ◇ 💭 ◇ °
Consigo perceber que havia uma cabeça a mais, direciono meu olhar mais para direita e vejo mais três homens armados. Fico em estado de choque e a adrenalina invade meu corpo me fazendo agir por impulso.
Me afasto da porta.
- Pensa Catarina, pensa... - digo com as mãos na cabeça.
Primeiro instinto do ser humano é proteger aqueles que ama. Então, sigo este conselho.
- Catarina? O que houve? Quem está na porta? - Tom me parecia tão confuso quanto eu mesma, fiz um sinal de silêncio para o mesmo.
Peguei Banguela no colo e transferi a gata para a varanda da vizinha, normalmente ela já faz isso por se só quando enjoa daqui de casa. Deixei a janelinha aberta caso ela sentisse fome voltasse para casa.
- Tom, entre no meu quarto. Feche a porta e não saia de lá por nada! Escutou? - digo cochichando.
- O que está acontecendo? - falou baixo.
- Vai ficar tudo bem, apenas fique no quarto. - direciono o mesmo para lá e espero ele trancar a porta.
Quando escuto o barulho da porta se trancando percebo que ele fez o que eu pedi. Talvez não acontecesse nada, talvez algo acontecesse. Só sei que coisa boa não é!
YOU ARE READING
Meu namorado imperfeito
Romance"Prestem atenção nos bilhetes que vem dentro dos biscoitinhos da sorte!" Este seria o conselho ideal para a Catarina Martins. Era uma manhã normal como as outras até seu namorado mandar uma mensagem á perguntando se ela poderia encontrá-lo na cafet...