Prazer 🔥

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   A tentação para obedecer era quase insuportável. Ela queria jogá-la no chão, afundar o corpo em seu pau e cavalgá-lo até ficar saciada.

   - Eu nunca quis você - ela gemeu, ondulando em seus braços, cada parte de si tentando se conter. Ela estava quase louca de desejo, preparada para jogar fora tudo que pensava para ficar com ela. Mas parte de sua razão não se deixava abafar - Nem uma vez sequer olhei para você e pensei em compartilhar sua cama.
   Mas agora, não conseguia parar de pensar nisso.
   Forçando os olhos a abrir, Arizona encarou o espelho e observou a si mesma se contorcer entre suas mãos habilidosas e seu corpo rígido. Nesse momento, ela se odiou, odiou enxergar um eco da garota que foi há quase uma década, impotente diante de um desejo feito especialmente para o prazer de um pessoa.
   Callie apertou o abraço, prendendo-a com força contra seu peito. Sua boca, quente e molhada, raspou por toda a garganta e ombro de Arizona.
   - Nossa, eu quero foder você - ela rosnou, beliscando novamente os mamilos - Estou até com medo de ser brutal demais.
   Suas palavras grosseiras eram mais do que ela podia suportar. Soltando um grito, Arizona atingiu o clímax, sentido espasmos em seu sexo tão fortes que seus joelhos fraquejaram. Callie a segurou de pé, com braços potentes e firmes.
   Ofegando, Arizona desviou os olhos de seus reflexo em direção ao retrato de Eliza. Olhou para os olhos negros que a levaram no passado a uma decadência sexual e a fizeram se importar com cada uma de suas amantes. Lembrando-se de cada ocasião em que foi obrigada a sentar-se na presença de uma delas em eventos sociais, ou sentir o perfume delas na pele de sua esposa. Pensou em todas as mulheres que estiveram em sua casa com seus sorrisos hipócritas e sentiu seu estômago se revirar com violência, apagando sua excitação instantaneamente.
   - Solte-me - ela disse, com a voz grave e determinada. Arizona se ajeitou, afastando-a.
   Callie se endireitou atrás dela.
   - Ouça sua respiração e as batidas rápidas do seu coração. Você quer isto tanto quanto eu.
   - Não, não quero - ela sentiu um pânico quando ela soltou, praguejando. Então, Arizona girou de frente para ela com os punhos cerrados, cada célula de seu corpo tentando transformar desejo em apenas pura raiva - Fique longe de mim. Volte para seu quarto. Me deixe em paz.
   - Qual é o seu problema ? - Callie passou as duas mãos sobre os cabelos - Não consigo entender você.
   - Não quero uma relação sexual com você. Já disse isso inúmeras vezes.
   - Por que não ? - ela disse, irritada, começando a andar nervosamente de um lado a outro.
   - Não me provoque novamente, Callie. Se continuar a me forçar, série obrigada a partir.
   - Forçá-la ? - ela apontou o dedo para ela, com seu corpo tenso denunciando sua frustração. - Nós vamos resolver isso. Hoje.
   Erguendo o queixo, Arizona subiu o vestido para cobrir os seios e sacudiu a cabeça rapidamente.
   - Tenho planos para hoje á noite. Já disse isso.
   - Você não pode sair - ela zombou - Olhe para você. Está toda trêmula com vontade de uma boa sessão de sexo.
   - Isso não é problema seu.
   - É sim.
   - Callie...
   Ela cerrou os olhos.
   - Não envolva Murphy nisso, Arizona. Não corra atrás dela para saciar as necessidades que eu provoquei em você.
   Arizona ficou boquiaberta.
   - Você está me ameaçando ?
   - Não. E você sabe disso. Estou fazendo uma promessa: se você for atrás de Murphy para aliviar os desejos que eu despertei com o meu toque, então eu irei desafiá-la.
   - Não posso acreditar nisso.
   Ela jogou as mãos para o ar.
   - Nem eu. Aí está você, cobiçando meu corpo. Aqui estou eu, pronta para fodê-lá até que nenhuma de nós consiga mais andar. Qual é o problema, Arizona ? Você pode me dizer ?
   - Não quero arruinar nosso casamento!
   Callie respirou fundo.
   - Eu devo lembrá-la, minha querida esposa, que casamentos, por natureza, incluem sexo. Entre os cônjuges, e não terceiros.
   - Não o nosso casamento - ela disse firmemente - Nós tínhamos um acordo.
   - Aquele maldito acordo! Meus Deus, Ari. As coisas mudaram - ela deu um passo em direção a ela com os braços abertos e a expressão no rosto suavizando.
   Ela correu para sua escrivaninha, deixando o móvel como uma barreira entre elas. Se Callie a tocasse, Arizona iria se desmanchar.
   Callie fechou o rosto novamente.
   - Como quiser - ela disse friamente - Mas não é isso que você deseja. Eu notei seu comportamento hoje e a maneira como olhava para cada mulher que entrava pela porta. A verdade é que, seja lá qual for seu argumento para não me querer em sua cama, você também não me quer na cama de qualquer outra mulher - Callie fez uma reverência - Entretanto, seu desejo é minha ordem. Você pode ficar pensando no seu erro sozinha.
   Antes que ela podes-me reagir, ela se retirou. E embora Arizona se arrependesse imediatamente de suas palavras, ela não correu atrás dela para dizer que poderia ficar.

IncontrolávelWhere stories live. Discover now