Capitulo 71

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☆ Christian Belarmino ☆

Passei o dia todo resolvendo problemas do trabalho. Mas, por sorte, consegui da um tempinho e passar aqui. Só vim pela Scarlett.

Mandei mensagem para Sara e ela me avisou que Scarlett estava na pista dançando com Marcel. Mas a cachinhos dourados foi uma cupido e disse que tiraria Marcel de perto dela.

Quando estava me aproximando vi os dois afastados um do outro e Sara chegando e tirando Marcel da pista. E antes de Scarlett sair do lugar, a puxei pra mim e ela bateu no meu peitoral.

Agora está com ela na minha frente e com a expressão aliviada por ser eu, mas se recompondo em seguida e se afastando um pouco.

A puxo de volta pra mim.

– Dança essa música comigo – falei mais afirmando do que perguntando.

– Só porquê a música é boa.

Sorrio. Seguro sua cintura e com a outra mão seguro a sua deixando no ar enquanto nos movemos.

A música que toca é de Ed Sheeran - Perfect.

– Resolveu aparecer no final do evento por quê? – ela indaga puxando assunto.

– Vim te salvar dele – sorrio e ela me olha feio – O que? Eu sei que você só quer fugir depois de terem tido aquele beijo.

Scarlett arregala os olhos e faz careta em seguida. Ela esconde a cabeça no meu peito e resmunga:

– Você viu – dou risada – Aquilo foi péssimo.

– Só de olhar me deu calafrios – ela volta a me olhar.

– Agora fiquei com trauma de beijos. Nunca mais beijo ninguém – resmunga desviando o olhar.

Sorrio de ladinho.

– Nem eu? – me aproximo do seu rosto e ela leva a mão que estava em meu ombro até a minha testa a empurrando.

– Tenta reconquistá-la – murmura divertida.

Aproximo meu rosto no seu ouvido e murmuro baixinho:

– Hipoteticamente falando, ela acha que tenho chance? – sorrio vendo sua pele se arrepiando com a minha proximidade.

Deixo um beijo embaixo da sua orelha e volto a encará-la.

A intensidade do seu olhar me fez querer avançar em sua boca. Mas me segurei, não quero forçar a barra.

– Hipoteticamente... talvez sim... talvez não – murmura sugestiva.

Trocamos a posição e fiquei com as duas mãos em sua cintura e ela passou os braços sobre o meu ombro.

– Hipoteticamente eu estou apaixonado, então não vou desistir de tê-la novamente – sua respiração fica oscilante por um segundo e seus olhos arregalam sutilmente.

Scarlett volta a ficar neutra mas seus olhos mostram que está em um luta interna consigo mesma.

A puxo mais pra mim e rodamos na pista no toque da música.

– Você está muito linda está noite, pequena – Scarlett sorri fechando os olhos e deita a cabeça no meu peito novamente – Na verdade você está linda em todas as noites.

Ela suspira e continua quieta.

Terminamos a dança em silêncio e nos afastamos um pouco apenas para nos olharmos.

– Não estava mentindo quando falei que estou apaixonado – começo e ela visivelmente fica nervosa.

– Eu acho que estou precisando tomar um ar. E também preciso ir embora, nos vemos depois – antes que eu faça qualquer coisa, ela se vira e anda apressadamente pelas pessoas e some da minha vista.

Um barulho de trovão inunda o espaço e olho pro céu, que não tem nuvens e está todo preto. Volto a olhar para a direção em que ela foi e resolvo ir atrás.

Ignoro as pessoas que tentam me parar e continuo andando até a saída. Não avisto ela em nenhum lugar, só pode ter ido em direção à saída.

Desço os degraus a passos rápidos. Lá na frente, a vejo passando pelo portão. Apresso os meus passos e rápido passo pelo portão também.

– Ei – a puxo pelo braço e ela me encara com os rosto coberto de lágrimas – Por que está chorando, meu amor? – a trago pra mim e limpo suas lágrimas.

– Isso não podia ter acontecido – sua voz sai baixa e ela nega com a cabeça várias vezes.

– Não tínhamos como evitar – digo calmo.

Ela se afasta de mim e respira fundo.

– Tínhamos sim, nos afastando, mas foi tarde demais – ela me olha nos olhos – Tarde demais porque eu sei o que você vai fazer, e sei o eu vou fazer – franzo o cenho – Eu fujo de todos os homens que tentam algo comigo, de todos, porque simplesmente não consigo lidar com os meus sentimentos. Mas com você foi diferente, você virou meu amigo antes de tudo, me irritou como um amigo, me tratou como uma amiga, conseguiu minha confiança. Literalmente entrou na minha vida de um jeito natural.

As gostas da água da chuva já caiam sobre nós, e cada vez ficando mais fortes.

– Isso não podia ter acontecido... Mas não consigo continuar negando pra mim mesma que eu estou apaixonada por você – meu coração erra uma batida e um sorriso maior que tudo se abre no meu rosto.

Me aproximo de vez e a puxo pela cintura grudando nossos corpos. Grudo nossos lábios e invado sua boca com a minha língua sentindo o gosto que eu tanto senti saudades.

Nos separamos por falta de ar e olho para a mulher mais linda que já vi na minha vida, com as bochechas vermelha e a respiração ofegante, sorrindo pra mim.

– Eu te amo, pequena – coloco uma mexa do seu cabelo atrás de sua orelha  – Acho que comecei a me apaixonar desde o dia em que me deu um soco, só não tinha percebido.

Ela dá risada e volta a me beijar.

– E se der errado? – se afasta perguntando insegura.

– Não vai dar, eu prometo – grudo nossas testas e fecho os olhos.

A chuva caia fortemente sobre nós.

– Vamos embora – a puxo na direção do meu carro.

Abro a porta e ela entra, dou a volta e entro em seguida. Olho para ela e sorrio a puxando para grudar nossos lábios.

Me separo e a olho.

– Você precisava tomar um ar? Jura? Que desculpa esfarrapada – a zoou me lembrando.

– Só falei a primeira coisa que me veio na mente – da risada e me empurra pelo ombro.

Nego com a cabeça e começo a dirigir em direção à casa que tenho aqui em Paris, onde meu pai mora.

Finalmente a aceitação veio!!

Reescrevi esse capítulo umas 5 vezes, sem zueira. Espero que esteja bom

Até mais gatinhas (os) ♡
Ass: C

Minha Tentação Where stories live. Discover now