P R Ó L O G O

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A garotinha loira caminhava olhando atentamente para todos os lados

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A garotinha loira caminhava olhando atentamente para todos os lados. Poderia observar a correria dos alunos que estavam atrasados para a aula, e isso incluía seu irmão, Liam Reynolds.

— Vamos, Bel. — Puxou a sua mão. — Não posso chegar atrasado de novo. — Suspirou profundamente.

— Minhas pernas são curtas — reclamou com o irmão por conta de seu tamanho.

A menina de apenas sete anos se sentia anestesiada quando vinha à universidade com o irmão. Adorava ver os casos que eram passados, apesar de quase não entender nada do que era falado, e seu irmão sempre fechava os seus olhos quando passava alguma imagem, mesmo assim, gostava de ouvir o professor e os alunos debaterem entre si. O seu irmão de vinte e três anos era o melhor da turma, o melhor perito criminal em formação.

Assim que alçaram a porta de madeira escura com o número 234 escrito, percebeu que Liam respirou fundo e sorriu.

— Desculpa o atraso, professor Jones — disse ao entrar na sala junto com a criança, segurando a mão dela e fechando a porta.

— Senhor Reynolds, vejo que trouxe a nossa melhor investigadora hoje. — O homem de cabelos ruivos sorriu em direção à menina.

Era assim que Belinda estava sendo chamada pelos corredores da universidade. Adorava receber toda essa atenção, já que não tinha nenhuma em casa, a não ser a de Liam, o que também era difícil, pois com a faculdade em andamento, ele não poderia dar toda a atenção que a garotinha precisava.

— Bom dia, senhor Jones. — Sorriu para o homem. — Podemos continuar falando sobre o caso da semana passada? — indagou com um tom de animação.

— É claro que sim, mas primeiro preciso ensinar a esses jovens como é feita uma análise de locais. — Fez uma careta no final, arrancando uma gargalhada da criança, mesmo ela não entendendo o que ele falou.

Enquanto o professor Jones comentava sobre o assunto, Liam, ao lado da irmã, parecia imóvel, porém não pelo conteúdo e sim preocupado com Belinda. Ele estava cansado de ser visto como o pai dela, a maioria das pessoas de outros cursos da universidade achavam que ele era pai solteiro e, tecnicamente, ele era, afinal seus pais mal ficavam em casa e ele fazia de tudo para que a irmã não ficasse com uma babá. Já tinha visto casos suficientes para saber que cuidadoras de crianças podiam ser extremamente perigosas, então preferia ter seus olhos o tempo todo na Reynolds mais nova.

— Quer alguma coisa? — sussurrou no ouvido da garotinha.

— Não — ela murmurou de volta. — Agora só quero escutar. — reclamou e voltou a observar o professor.

O rapaz riu baixinho, tinha certeza que ela seria uma grande investigadora na área, sempre gostou de assuntos relacionados a esse campo. Por mais que aquilo fosse demasiado para uma criança de sete anos, Liam não pretendia deixá-la sozinha por muito tempo.

O garoto se interessou por investigação criminal assim que houve o primeiro caso de homicídio em Reedson,. Estava com dezessete anos quando surgiu a notícia que Collin Heads havia matado a sua esposa, Amanda Heads, de forma cruel, esquartejando-a. Na época, a notícia atingiu o emocional de todos, o homem foi condenado à prisão perpétua, entretanto, quando Collin cometeu suicídio dentro da prisão, descobriram que ele era inocente. O assassino o drogou, matou a mulher e colocou a serra que foi usada para desmembrar o corpo na mão do Heads. Assim que ele acordou, a polícia chegou e o flagrou na cena do crime. Depois de dois anos com a polícia estudando o caso a fundo, descobriram que assassino foi a própria irmã de Amanda, que era psicótica e desejava a boa vida que a irmã levava.

Aquele caso foi o ápice para a decisão de profissão de Liam, que acompanhou pelos jornais cada descoberta que os investigadores faziam, e aquilo despertou nele um anseio. Foi quando começou a procurar casos e mais casos.

— Liam, não entendo nada do que eles falam, mas eu gosto de escutar — Belinda sussurrou em seu ouvido.

— Eu sei que sim — comentou e sorriu de lado.

No começo, Belinda se assustava com todos aqueles relatos. Detestava ficar em casa pelo o que houve com ela, o que a sua babá fez a assombrava e lhe causava crises de pânico quando se via sozinha no local, preferia vir com o irmão para a faculdade, mesmo não entendo quase nada sobre o assunto ou não sabendo o que era cada parte do corpo humano. Eles escondiam as imagens onde apareciam os corpos ou hematomas, no entanto, o irmão sentia, em partes, culpa por ter apresentado um mundo tão cruel para uma criança.

— Você sabe que eu amo quando me traz aqui, né ? — ela indagou, com os olhos brilhando e um sorriso estampado no rosto.

— Sim, você é uma investigadora mirim — respondeu rindo.

— Não precisa se preocupar comigo. — Ela o encarou profundamente.

— Por que diz isso, Bels? — perguntou o irmão, confuso.

— Já ouvi algumas conversas dizendo que você estava louco em trazer uma criança para a sala de aula. — Ela deu de ombros.

O garoto sabia muito bem sobre esses boatos. No começo era difícil de lidar, mas depois teve a certeza de que estava fazendo isso por um bem maior. Liam conversou com os professores, explicou toda a situação da família Reynolds, e eles aceitaram porque nos dias que ele a levaria não passariam nada macabro, apenas teoria.

Pais que não se importavam em deixar seus filhos sozinhos, sem apoio nenhum. Eles não ligavam nem para saber se eles estavam bem, e quando estavam dentro de casa, eram frios o suficiente para fazerem Belinda chorar todas as noites. Contrataram babás tão superficiais que esqueciam que vivem no mundo real. Bárbara foi a segunda babá de Belinda. Ela machucava a garota. Eram alguns beliscões e puxões no começo, contudo, logo se tornou algo mais sério, como jogar a criança de cima do sofá no chão de uma maneira tão violenta que rasgou o nariz e a boca, além dos enormes hematomas roxos deixados por todo o corpo dela.

Foi dessa forma que Liam decidiu que nunca mais a deixaria sozinha, sem sua supervisão. Ele havia crescido dessa forma em relação aos pais, mas teve a oportunidade de ter uma ótima babá, a senhora Barnes, que cuidou da forma que uma mãe amorosa trata o filho, porém ela morreu antes de Belinda nascer.

— Eu te amo, Liam — ela sussurrou.

A Reynolds mais nova era uma criança doce e amável, contudo, era um pouco rebelde em relação às regras, sempre as descumpria.

— Eu te amo, Bels, e sempre irei cuidar de você, não importa o que aconteça. — Ele a abraçou.

Liam estava disposto a cumprir essa promessa, mesmo que tivesse que passar por cima de tudo e de todos.

Liam estava disposto a cumprir essa promessa, mesmo que tivesse que passar por cima de tudo e de todos

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