Capítulo 04

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Dicionário:

Oppa (오빠): termo usado por meninas pra se referirem à garotos alguns anos mais velhos. Pode-se usar para se referir ao namorado ou irmão, desde que sejam um pouco mais velhos que você.

Omo (어머): É o mesmo q dizer "Nossa!!". (exclamação de surpresa).

Michyeosseo ( como se ler -> Michyŏsŏ?) (미쳤어?): significa "você está louco(a)?"

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Senti que finalmente podia respirar tranquilamente no momento que coloquei meus pés fora daquela sala. Suspirei aliviada e sentia que meu coração estava voltando ao ritmo normal.

Não sabia quais eram as reais intenções de Jong Suk por trás desse contrato. Encarei o envelope em minhas mãos e apertei com força. Minha vontade era de jogar no lixo, mas o que seria da minha vida se todos soubessem o que ocorreu a dez anos atrás. Não quero reviver todas as acusações novamente contra mim, de pessoas que julgam sem ao menos saber o que de fato ocorreu.

Senti um toque suave sobre meu braço. Manu me olhava preocupada.

— Faz um tempo que te chamo. Aconteceu alguma coisa?

— Não é nada demais... Conto quando voltarmos.

Ela acenou de leve a cabeça e vi seu olhar ir em direção ao envelope em minha mão.

— Ele me entregou... Irei ler quando chegar.

Sorri, mas acredito que saiu um pouco desajeitado. Manu passou seu braço envolta do meu e caminhamos em direção ao elevador. Minha mente só pensava em como fui tão azarada, talvez tenha pisado com o pé esquerdo quando cheguei na Coréia.

Quando finalmente estávamos no lobby a caminho da saída fomos interrompidas por uma mulher. Seus longos cabelos castanhos estavam impecáveis e combinava perfeitamente com a cor dos seus olhos, parecia ocupar um cargo bastante alto devido a forma como se vestia, seu terno vinho se destacava mais devido a luz amena do sol que atravessava as paredes de vidro do prédio. Me senti tão baixinha perto dela ainda mais quando usava salto.

— Bruna? — ela sorria, mas não sentia muita verdade.

— Sim. E você é...?

— Lee Sung Kyung. Vi a notícia algumas horas atrás.

— Como sabe o nome dela? Na notícia não falaram. - Manu encarava de forma tão séria e apertou ainda mais meu braço envolta do seu.

Sung Kyung não parecia abalada com o tom ríspido da minha amiga, pelo contrário, sorriu brilhantemente.

— In Guk-Oppa. Ele falou muito sobre você.

Ela frisou no oppa. Como se esperasse alguma reação da minha parte, mas não fazia a mínima ideia do que significava já que não era por dentro da cultura coreana como Manu.

E quanto a In Guk, não sei se tinha muito o que falar sobre mim, já que não passamos tempo suficiente. Talvez o máximo que ele pode falar sobre mim é o quanto usei da boa vontade dele.

Espero que ele não tenha comentando de forma tão negativa.

— Queria muito conversar. Poderíamos tomar um café? — ela sorria bastante

— Desculpa. Precisamos realmente ir.

Quando tentamos passar ela voltou a ficar em nossa frente. Segurando com as duas mãos a alça de sua bolsa preta.

Omo! — ela bateu a palma das mãos uma contra a outra — Eu não irei te morder — disse de forma debochada — Estava apenas sendo cortês. Recusar seria um pouquinho ... Rude.

Um Dorama em SeoulWo Geschichten leben. Entdecke jetzt