PRÓLOGO

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     A rua estava um breu só. As lâmpadas de dois postes a frente estavam quebradas, enquanto ao do poste anterior piscava descontroladamente.

   Na calçada vem caminhando uma  mulher de olhos claros segurando um guarda-chuva fechado. A sua vestimenta na parte superior era verde e inferior azul. Seus saltos vermelhos se chocavam com o chão logo fazendo aquele barulhinho familiar. A parte da capa do salto reluzia igual o sol, pois era dourado.

    A moça para. Olha fixamente para o poste e a luz que antes piscava, se normaliza. Após isso, retorna a caminhar pela calçada, mas algo causa arrepios na mulher, parecia que algo estava á observando em meio as sombras.

   A sensação de olhares e os arrepios não colocou a mulher em pânico total como qualquer outra pessoa do mundo. Mirava seu olhar penetrante procurando a tal "coisa" e não hesitava em procurar e procurar. Até que algo a lança contra um dos postes com total grosseria.

     A mulher apoia suas mãos no chão, seu longo cabelo ruivo estava á tampar seu rosto. Suspirou, enquanto ficava sentada. Seu antebraço estava ferido por causa da pancada. Tirou seus cabelos do rosto revelando seus olhos arregalados e boca comprimida.

    Algo se move nas sombras e vem na direção da mulher. Não era possível saber o que era ou se tinha alguma forma. A moça logo arregala mais os olhos e abre sua boca de forma desajustada. Sobe as palmas da mão em direção da "coisa" que sentirá vir na sua direção. As mãos dela são envolvidas por uma luz que acende todo o quarteirão.

Nissarah: Em Brixtia Where stories live. Discover now