Plutão

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O que fazer, quando não há mais o que fazer
O que pensar, quando não tem no que pensar
Pra onde ir, quando não se sabe pra onde fugir
Com quem falar, se já não há  ninguém pra contar histórias

E nas memórias elas se abrigam
O céu está limpo, nuvens me mostram o caminho pra casa
Como é, ver o que não se quer ver
Mas, saber o que precisa saber
Ir pra onde não se quer, mas onde tem que estar
Na mesa de jantar, não se juntam faz tempo

Imprevistos me assustam
Um abraço forte antes do acaso vir
E ter que vê-lo partir, com tanto pra dizer
Partida eterna, me desacelera
Queria que os anos fossem quase eternos, tipo em Plutão
Talvez lá, ele ainda estaria aqui.

𝑷𝒐𝒆𝒔𝒊𝒂 𝑬𝒎 𝑶𝒓𝒃𝒊𝒕𝒂Where stories live. Discover now