Fios de memórias

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Os chiados do rádio era um incômodo. Para Izuku, parecia que quanto mais pressa ele sentia em encontrar Bakugou, mais devagar o caso progredia.

- Você deveria se acalmar. - comentou Kirishima.

- Não me peça algo impossível Eijiro.

" Aviso para shirakawa-go, nevasca com fortes ventos podem estar por vir nessa tarde, aconselhamos que todos os moradores não saiam de casa. Acreditamos também que as cidades vizinhas de shirakawa podem ser afetadas. Desejamos que todos se cuidem."

- O clima está uma doideira. - comentou o ruivo.

- ......

- Devemos tomar cuidado enquanto formos para lá.

-......

Midoriya não tinha vontade de assuntos irrelevantes. Sua cabeça matutava em Bakugou, ele ansiava pela segurança do mesmo. A quanto tempo Ele não sentia essa impotência, essa sensação de não poder fazer nada.

- Sabe que pensar em tantas coisas não vai ajudar.

- Eu sei.

- Então pense pouco e vá com calma.

- E se tiver acontecido algo?- A voz já embargada ficava cada vez mais visível aos ouvidos.

- Aí está!

- O que?- Midoriya perguntou, substituindo a armagura por curiosidade.

- O velho Midoriya Izuku.

- Não te entendo, seja mais específico.

- O velho Izuku que eu conheço era chorão, chorava por tudo, corria atrás da gente como um rabinho, ou talvez uma unha encravada sem cura, tu era muito chato.

- Obrigado pela sua sinceridade de melhor amigo.

- Meu papel era fazer você se sentir melhor e mais cal...

A voz de Kirishima foi interrompida por um baque alto, ensurdando aos dois. O carro capotou e girou várias vezes no ar, as peças se desprendiam do veículo, estilhaços de metal voavam em todas as direções.

Após várias cambalhotas do carro, ficando de ponta cabeça, midoriya e Kirishima estavam atordoados mas ainda escutando vozes ao longe.

- Você bateu...orte com a van..

- Queria que eu...eles?

- Só faça as cois...reito.

Tudo estava embaçado devido ao sangue nos olhos de midoriya, ao que parecia Kirishima desmaiou. Midoriya olhou para sua perna e um grande caco de vidro maior que a própria mão, estava fincado quase até o talo, o sangue vertia da coxa e pingava no teto do carro.

  Izuku estava tão sensível e em alerta ao mesmo tempo que escutava alto demais o som das gotas pingando, seus olhos ardiam e sua coxa queimava, mas, apesar de estar vivenciando tudo isso, só conseguia pensar no Bakugou.

-...haaa

- Está acordado?

- O que aconteceu?- perguntou Kirishima após acordar.

- Alguém bateu na gente.

- Mas que merda...e que barulheira toda é essa?

- Parece que os culpados estão brigando lá fora. Você está bem?

- São idiotas?

- Talvez.

- Estou bem, só minha cabeça que parece que vai explodir, e você? - perguntou o ruivo.

Vampiros e SérvosWhere stories live. Discover now