Cap. 23

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- Demorei? - Yelena perguntou rindo ao entrar na cela ainda de cabelos molhados e Kate sorriu, vendo Yelena pegar sua escova de dentes e ir para o lavatório.

- Eu devo beijar bem demais para você estar desesperada desse jeito. - Kate disse, rindo com a língua entre os dentes ao ver Yelena lhe fuzilar com os olhos. - Só quis dar o troco, desculpe.

Ela voltou sua atenção para o livro que lia, mas a verdade é que não lia nada. Estava focada em como seu coração havia acelerado ao ver Yelena entrar naquela cela e, não, não se tratava de sexo, senão de como seu coração vinha acelerando sempre que a menor se aproximava.

Um mês. Um longo mês, mês onde tudo poderia ter sido pior, porém Yelena não deixara. Ela havia cuidado de Kate mesmo quando ainda usava a máscara de durona.

Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu sua cama se afundar e logo ela virou o rosto para Yelena, que sorriu antes de enterrar o rosto em seu pescoço. Ela suspirou e fechou o livro.

- Olha só quem está toda carinhosa. - Kate falou rindo e logo resmungou ao sentir Yelena mordeu seu ombro.

- Não caçoe de mim. - Yelena reclamou e Kate se virou, enlaçando sua cintura com um dos braços.

- Não estou caçoando, sua boba. - Kate disse, dando-lhe um selinho demorado. - Eu adoro você assim. - Falou, pincelando seu nariz no de Yelena.

- Adora, hm? - Yelena falou, se inclinando para tomar os lábios de Kate em um beijo manso. A maior largou o livro e se entregou totalmente ao beijo, sentindo a textura daqueles lábios rosados e gelados pela recente escovação de dentes.

A língua macia de Yelena se encontrava com a sua gentilmente, enquanto a mão da maior escorregava para baixo de sua blusa, arrastando as unhas delicada e vagarosamente por sua pele, fazendo seu corpo inteiro se arrepiar.

- Temos uma hora até as policiais começarem a nos revistar para apagarem as luzes. - Yelena falou contra seus lábios. - Tem certeza de que quer continuar isso agora ou prefere esperar? - Kate a fitou intensamente antes de responder.

- Uma hora dá para nos divertirmos bastante, não acha? - Kate perguntou e Yelena assentiu, se desvencilhando dela antes de prender o famoso lençol nas grades e retirar sua blusa, deixando o sutiã preto à mostra para então voltar a se deitar, desta vez sobre Kate, colando suas bocas sem perder tempo.

A maior sentiu uma sensação estranha em seu estômago e abriu os olhos sem deixar de beijar Yelena, vendo o rosto branco e extremamente delicado colado ao seu, os olhos fechados, destacando os cílios pretos e perfeitamente projetados. Ela tinha uma expressão de pura satisfação em seu rosto enquanto se beijavam e os cabelos molhados caíam sobre seus ombros. Bem ali
Kate soube. Ela estava ferrada.

O toque singelo e suave de Yelena por dentro de sua camisa fez Kate sentir-se flutuar, fechando os olhos unicamente para deixar-se sentir as sensações novas que seu corpo estava lhe proporcionando. Yelena se debruçou mais sobre si e começou a distribuir pequenos e delicados beijos por seu maxilar, migrando para seu pescoço, fazendo Kate alçar ligeiramente o pescoço para dar acesso total à menor.

Seu coração batia freneticamente e ela tentou disfarçar o fato de que jamais se sentira assim antes. Ali não era só tesão, havia algo mais, algo que seria melhor se Kate não sentisse, porém era tarde demais. Aquilo já havia consumido cada fibra de seu ser.

A maior arfou quando Yelena prendeu de leve a carne de seu pescoço entre os dentes antes de deslizar a língua até o lóbulo de sua orelha, fazendo seu centro pulsar. Suas mãos, que até ali estavam comportadas, foram para as costas de Yelena, soltando o fecho do sutiã da maior para então arrastá-lo vagarosamente por seus ombros, fazendo Yelena levantar seu tronco para Kate puxar a peça para seus braços. Ela tirou o sutiã de seus braços e foi pega de surpresa quando Kate a virou na cama, tomando a posição de cima para si. Ela foi se levantar para remover a camisa, porém esqueceu que era beliche e acabou acertando a cabeça no estrado de cima, levando uma mão até a cabeça antes de proferir um "ouch."

Presa Por AcasoDove le storie prendono vita. Scoprilo ora