piloto

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narrador pov .

franja  se olhava no espelho , o corpo doia e as lágrimas marcava sua make  .

ainda se olhava com dor ,ele não podia negar quem era , ele durante um bom tempo tentou ser o filho perfeito , o cara ,mais era uma mentira , tudo era uma mentira .

ainda olhou os dedos da mão roxa , a maquiagem borrada se misturava com o sangue ,o olho roxo e nariz sangrando era apenas um dos resultados .

com um salto sim e outro não voltou ao quarto, seu corpo tremia , só não sabia se era de pânico ou pelo que viveu , com passos lentos olhou a parede com tantos prêmios por melhor cientista , era renomado , se formou aos 15 anos um gênio da física, mais incapaz de se proteger .

olhou a conta reserva e transferiu tudo para lá, pegou a mala e pôs tudo que iria usar , era hora de dar adeus a falsa vida .

com custo vestiu macacão jeans e tênis e camiseta e blusa , pôs boné  e peruca , com óculos escuros  e máscara enfiou tudo na mochila .

notebook  na mochila , celular no bolso .
comprou uma passagem sem destino , deixou documentos na cama e abriu no chão o lugar secreto e pegou a nova identidade  , pegou dinheiro , joias e a chave de um galpão que tinha em outra cidade .

a noite ainda era fria e dando um carinho em bidu e o pôs pra fora do quarto , abriu a janela , jogou álcool  no chão na cama e riscou o fogo e jogou na cama .

ainda olhou tudo e saiu pela janela .
com fones de ouvido pegou a bike e saiu pedalando vendo as chamas destruir o quarto .
estava difícil pedalar e ate segurar o guidão, mas ele o fez .

chegou sentindo rodoviária, mostrou o novo documento  e entrou no primeiro ônibus.
não olhou o lugar , no centro ele iria para o aeroporto .
sua cabeça doia , abriu a mochila e pegou um remédio e bebeu, notou que os comprimidos tinha se misturado no porta remédio, mais não ligou .

o ônibus não era novo e ele sentou nos fundos , encostou na janela com o pano fechado e fechou os olhos.

o motor rodava e como se ninasse o fez cochilar .
parecia um cochilo ,franja sabia que em São Paulo o trânsito era ruim e que perdesse o ponto o motorista o chamaria .

sentiu ser sacudido e com custo abriu os olhos .
- moça nois já chegou oce tem que descer .

- esfregando os olhos ainda com óculos escuro assentiu e viu o homem ajudar a pegar as coisas e descer do ônibus.

assim que pisou fora do ônibus, olhou para os lados , onde diabos estava , a cidade era mega pequena , e o tempo parecia parado , ainda olhou a volta e tirou a máscara e os óculos e não sabia onde estava .
- você está bem moça?
falou um loiro que notou os tantos machucados que franja tinha .

engolindo seco e passando mal , franja puxou a mala junto de si e a mochila sem jeito .
- moço me desculpa onde estamos?
falou com voz fina e o rapaz sorriu.
- ara moça nois tá na mio cidade do mundo , Vila abobrinha , qual sua graça?

e franja tremia ele nunca tinha ouvido falar no lugar e nem sabia como sair dali .
- eu me chamo ......
a mente não conseguia pensar em uma nome e sorriu sem graça.

quando o loiro ia falar algo viu seu amigo vindo , com um violão no ombro sorrindo.
- oi Chico!
acenou ao Moreno que veio e olhou franja , achou a loiro linda , mais assustou ao ver tanto machucado .
- Chico essa mocinha aqui não sabe como chegou inté  aqui , eu acho que ela precisa de ajuda !!

era notável que sim e Chico aproximou tentando ajudar .
- você quer que eu chame a polícia?

franja perdeu o resto da cor e afastou rápido de Chico  que viu a loira desfalecer e apegou no colo .

Uma loira no sertao Where stories live. Discover now