Meu "salvador"

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Esse capítulo contém menções de incesto, não é romantizado, nem correspondido.

Se Lupin lembrava Severus de sua mãe, então Black o lembrava de seu pai.

A quantidade de álcool que Sirius consumia diariamente, principalmente após a morte de seu irmão, o preocuparia se ele se importasse.
E ao contrário de Potter e Lupin, Black não queria vulnerabilidade.

Ele queria odiar alguém.
Odiar alguém mais do que odiava Regulus.
Odiar alguém mais do que odiava a si mesmo.

Foi quase agradável para Severus; ele finalmente foi capaz de mostrar um pouco de seu verdadeiro eu, que ele manteve enterrado e escondido durante esses longos meses.

-Bebendo de novo?- Snape perguntou com uma sobrancelha erguida, depois que Black desabou em uma cama com o hálito fedendo à álcool.

-"Bebendo de novo?"- Black disse, fazendo sua voz soar nasalada na tentativa de imitá-lo. -Claro que sim, eu preciso estar à um gole de um coma alcoólico para poder te aturar.

Severus virou as costas para ele.
-Não é à toa que Dumbledore não confia em você com nada importante; você está caindo de bêbado no...

Ele não conseguiu terminar essa frase. Black tinha uma mão ao redor de seu pescoço e o outro braço em volta de sua cintura, prendendo-o até que as costas de Snape estivessem pressionadas contra seu peito.
-Ao contrário de você, eu não tenho que me prostituir para ser útil. James acha que é trágico, mas aposto que você estava mais do que feliz com o pau do Lorde das Trevas. Você sempre foi um puxa saco chorão, seguindo Mucliber e Avery como um cachorrinho perdido. Você deixou eles te foderem também? Aposto que todo o dormitório da Sonserina passou por você que ne...- Sirius se interrompeu no meio da frase e pareceu entrar em transe, Severus quase podia ver engrenagens em seu cérebro girando. -Meu irmão...- Ele sussurrou finalmente. -Você não fez nada com meu irmão, não é?

-...- Snape se contentou em sorrir.

-Não é?!

-O sangue era a única coisa pura em Regulus.

-...

-O que? Você esperava que seu irmãozinho fosse se guardar pra você?- Snape perguntou, e se esfregou contra o comprimento duro que pressionava seu traseiro.

Black xingou e o empurrou contra a cama que acabara de desocupar. Severus riu quando Sirius jogou as vestes do sonserino sobre sua cabeça.
-Não suporto olhar pra essa sua cara feia.- Murmurou.

Suas calças e cueca foram rudemente puxados para baixo, e Snape engasgou com a risada quando sentiu o pênis de Black passar por seu buraco. Ele não iria, não sem óleo ou preparação. Mas Black estava bêbado e com raiva, e Severus sabia mais do que ninguém o que um homem bêbado e com raiva era capaz de tudo.

Ele o sentiu cutucar contra ele, e Severus xingou, sussurrando um encantamento para ficar escorregadio pouco antes de Black o violar.

-Seu filho da puta.- O mais novo disse, sua voz abafada por baixo de suas vestes, enquanto Black se forçava dentro nele.

-Olha a boca.- Sirius disse zombeteiramente.

-...- Severus lutou para soltar seu braço preso enquanto Black começava a estocar.

-Sabia que você aguentaria.- Ele sussurrou de algum lugar acima de sua cabeça. -Você transa tanto que tá tão aberto quanto um funil, nem consigo sentir você ao redor de mim.

Isso era mentira, porque Snape definitivamente podia senti-lo. Ele estava desleixado com a bebida, arrastando-se contra suas paredes e errando sua próstata a cada estocada. Se Black não estivesse tão fora de si, Severus quase pensaria que ele estava fazendo isso de propósito. Severus nunca iria gozar se isso continuasse, mas não era como se Sirius fosse notar se ele veio ou não. Ele provavelmente desmaiaria no momento em que terminasse.

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