DEAR DIARY | Remus Lupin

004 | Querido diário... Um dia bem agitado.

UM ENCONTRO COM REMUS LUPIN.

Um encontro com Remus Lupin.

Um encontro com Remus Lupin.

As palavras sairam tão casualmente de sua boca que realmente não parecia que ela estava surtando por dentro.

Qual é, meio que seu coração implorou por esse momento por seis anos. Como poderia não estar surtando?

Mas, claro, estava dando o seu melhor para esconder. O que não estava sendo tão próspero, já que, durante a explicação do ocorrido, a corvina não parou de coçar as mãos.

— O quê?! — Simmy e Melinoe perguntaram em uníssono, com expressões incrédulas.

— É. — Galli balançou a cabeça para cima e para baixo várias vezes. Talvez a ficha ainda não tivesse caído completamente. — Vou sair com ele. 

Alguns segundos de silêncio vieram após a fala, tempo suficiente para que elas pudessem processar a informação.

— Caramba! Finalmente o universo ouviu minhas preces! — Simmy sorriu animada ao dar um soquinho leve no braço de Galli.

— Sirius Black? Sirius Black fez algo útil? — A pergunta pareceu tão absurda quando Melinoe queria que parecesse.

— "Útil"?! — Galli repetiu, franzindo o cenho. — Melinoe, eu estou à beira de um colapso. — Ela bufou, jogando a cabeça para trás. Um murmuro de "eu sou tão triste" saiu baixinho de sua boca.

— Ora, se recomponha, garota! — Simmy levou as mãos até a cintura. — É só um rapaz com quem você vai sair e vai comer. Não precisa ficar assim! Ainda mais por homem! Onde já se viu... — A grifana soltou um "tsc" ao balançar a cabeça negativamente.

— Espere, espere, você falou com Remus? Para confirmar isso aí? — Melinoe questionou antes que Galli pudesse responder Simmy. — Porque um encontro dependendo de Sirius pode não ser tão incrível assim.

Galli já havia parado para pensar nisso. Parou para pensar em tudo desde que recebera a notícia bombástica. A possibilidade de que aquilo tudo era uma pegadinha de mau gosto de pirraça ainda não estava totalmente descartada.

— Ah, sim, claro, depois disso eu mandei ele colocar um terno e nos juntamos no sagrado matrimônio. — A Vespertine respondeu, com tom irônico. — Claro que não, Mel! Eu tenho vergonha de me comunicar com ele! Você deveria saber disso!

— Claro que eu sei! Situações onde eu tive que te esconder me colocando na sua frente foram bem esclarecedoras para mim. — A loira respondeu, cruzando os braços. — Mas você já vai sair com ele de qualquer jeito! Falar com ele virou fichinha a partir do momento que você concordou com esse arranjo.

Simmy concordou com um aceno de cabeça, mas Galithea decidiu ignorar a fala da Malfoy.

Andava de um lado para outro na comunal da corvinal, que, para sua sorte, não tinha ninguém. Pelo menos não que ela estivesse vendo. Céus, não saberia nem o que fazer caso sua saída com Lupin fosse conversa de toda Hogwarts.

— E se eu me atrapalhar toda na hora de falar com ele, falar tudo errado, e ele me achar esquisita? — Ela começou a questionar em voz alta. Parecia mais uma conversa com si mesma do que com as outras duas presenças ali. — E se eu derrubar comida em todo meu uniforme e manchar ele? Seria uma baita vergonha... — Continuava coçando as mãos enquanto se locomovia. — E se um lêmure aleatoriamente aparecer no piquenique e eu tenha um ataque porque morro de medo de lêmures?! E se-

— Galithea, pelo amor de Merlin! — No meio da crise, Simmy a cortou, segurando-a pelos ombros. — Pare de ser paranoica! — A grifana chacoalhou ela, que tinha uma carranca estampada na face. — Vai dar tudo certo, 'tá? E se não der, quem liga? Só se vive uma vez!