Capítulo 03: Cenas literárias... Picantes

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Eu estava pelado, em frente a um rio. Eu sentia a leve brisa contra o meu rosto, contra o meu corpo, e principalmente contra minhas partes baixas.

Parecia um bosque, ou uma floresta. Eu não saberia dizer onde eu estava, mas com certeza, eu não estava sozinho.

Eu sentia algo atrás de mim.

Ou melhor, eu sentia alguém atrás de mim.

Virei-me para a pessoa e vi um marmanjo gostoso, sem camisa, parado na minha frente, totalmente sem roupa. Ele era moreno, alto e magro, com músculos levemente definidos. Eu não conseguia ver seu rosto, mas eu sentia que ele me olhava.

– Vem nada pelado comigo? – perguntou ele, estendo a mão para mim.

– Eu não deveria. – respondi, corando.

– E porque você não deveria?

– Eu nem conheço você...

Ele aproximou-se de mim.

– É claro que você me conhece. – ele sorriu. Uma risada agradável de escutar. – Se você não me conhecesse, eu não estaria aqui.

– Aqui onde? – perguntei, recuando.

– Nos seus sonhos...


 . . .


Acordei ensopado de suor, e com uma ereção matinal daquelas. Mas que droga! Havia sido mais um sonho daqueles, com o estranho gostoso. Claro que só poderia ser um sonho. O tamanho do pau do homem do meu sonho era mais do que grande. Era gigantesco.

Eu me levantei da cama e fui direto para o banheiro. Eu precisava de um banho frio, ou bater uma, pensando no sonho. Já era a segunda, ou terceira vez que eu sonhava com o mesmo cara. Mas porque eu nunca conseguia ver o rosto dele?

Algo me diz que eu irei sonhar com ele novamente. E algum dia, eu verei o rosto dele.


. . .


Entrei na cozinha e vi minha tia mexendo no celular. A fumaça que saia da xícara dela mostrava que seu café ainda estava quente, as torradas dela só tinha uma mordida; os olhos dela estavam fixos na tela do celular. Ela estava tão concentrada que nem viu que eu havia entrado na cozinha e sentado na cadeira ao lado.

– E esse sorrisinho bobo? – perguntei.

– Ah, que susto! – ela aproximou o celular para perto do peito. – Eu não vi que você estava ai.

– Está conversando indecência com o Edu? – perguntei, brincando, enquanto me servia de café. – Ainda é cedo.

– Ele me disse que hoje acordou com muito tesão.

– Ah! Tia, eu estava brincando. – fiz careta. – Eu não preciso saber dos detalhes sórdidos.

– Ainda bem. – ela levantou-se, ainda com os olhos no celular.

– Vai aonde? – perguntei, dando uma mordida na minha torrada.

Ela parou e olhou pra mim.

– Mandar nudes, garoto. – respondeu ela, sorrindo. – Você também irá mandar. Algum dia. Quando estiver namorando.

– Credo!

– Sua mãe dizia a mesma coisa. – ela sorriu e saiu da cozinha.

É. Talvez eu seja mais parecido com a minha mãe.

O namorado da minha tiaWhere stories live. Discover now