Katherine Cooper acreditava ter uma vida perfeita, morando numa cidade pacata do interior com sua família e com seu melhor amigo, Mark. Mas uma tragédia irreparável fez com que seu mundo perfeito virasse de ponta cabeça. Sua irmã gêmea Savannah, com...
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Durante o trajeto enquanto Mark dirigia, Katherine continuou descrente de que ele realmente estava ali, era como uma miragem ou uma lembrança do passado. Não que fosse algo improvável de acontecer, considerando que Mark sempre se manteve por perto nos piores momentos de sua vida. Não seria uma viagem de um pouco mais de quinhentos quilômetros que o impediria de proteger sua pequena Kit Kat.
- Desculpa por te preocupar tanto a ponto de te fazer vir até aqui
- Não precisa se desculpar, Kit Kat. Se você me contasse tudo aquilo sorrindo, eu saberia mesmo assim que eu deveria vir - Mark sorriu com seus olhos azuis exprimidos - Além disso eu precisava de um bom motivo pra conhecer a cidade grande - brincalhão, Mark levou sua mão a testa de Katherine para bagunçar seu cabelo e paralisou de repente com o rosto torcido - Cadê sua franjinha? Seu cabelo está tão diferente. Parando pra pensar, você mudou muito, não tem mais aquela cara de menina boba - ele riu debochado e Katherine cerrou os olhos em sua direção fingindo uma risada forçada
- Isso não tem graça, eu estou em fase de crescimento, é claro que eu iria mudar. Já você está mais velho e ainda não perdeu a sua cara de bobo - Katherine empinou o nariz e segurou o riso ao ver Mark a encarando seriamente.
- Engraçadinha. Mas me conta, como você está? Já se resolveu com o tal do Dylan?
- Hum, não - Katherine mirou seu olhar no horizonte de carros a sua frente, sentindo o vento atravessar sua mão do lado de fora do carro enquanto voltava a pensar em Dylan.
- É isso que você quer? Esquecer o que você sentiu por ele? - indagou Mark, desconfiado
- Não há como esquecer. Agora eu sei o que é estar apaixonada por alguém. Não importa o que você faça, você não pode se afastar dos seus sentimentos. Você não pode se impedir de amá-lo, mas também não pode obrigá-lo a sentir o mesmo - Katherine virou o rosto na direção oposta de Mark, escondendo o tormento que sentiu ao dizer aquelas palavras - Não posso obrigá-lo a sentir o mesmo. Repetiu ela para si mesma em voz baixa.
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Dylan chegou ao condomínio poucos minutos após Katherine e Mark, tempo o suficiente para vê-los entrando juntos no prédio de Katherine. Antes que sumissem no hall adentro, Dylan os observou mais uma vez, enquanto seu rosto continuava queimando. Se perguntava o motivo para tanto ciúmes, seria pela insegurança ao se comparar com alguém mais velho e inevitavelmente mais atraente do que ele ou pelo fato de ter feito Katherine sorrir daquela forma. Ele acreditou ser o único capaz de fazê-la se sentir assim. Iludido. Pensou ele.
