CA P Í T U L O 3

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꧁•⊹ ٭P E R V E R S I D A D E ٭⊹•꧂
& Possessão

O eclipse trouxe catástrofe por todo o lugar, T∆æ já não estava mais em condições habitáveis. As luas Cäπ∆ņtæ e H¥£πä colidiram, imensos pedaços de rocha vieram em direção ao solo do planeta e com o impacto, diversas espécies foram sendo consumidas.
Naves se preparavam para partir, boa parte delas já contendo apenas machos e a nave principal carregava as últimas fêmeas e seus filhotes. Jåą ficou na camara central da nave, amamentando enquanto tirava um cochilo, Ţ∆eåh foi encarregado para ser o guia até o destino final, suas pesquisas de campo em alguns planetas na galáxia acabou sendo útil e eles irão precisar de um planeta fácil de adaptação.
Com as garras, ajustou o curso da nave no painel de controle, e então ficou ali observando o espaço e as estrelas distantes sumirem de seu campo de visão, enquanto a velocidade era alcançada.
Kåπęg também se encontrava ali, seus filhotes dormiam tranquilos ao contrário de π∆w∆k que ainda estava sobre os cuidados de sua mãe. O pequeno macho ainda se encontrava com dificuldades em manter-se nas quatro patas enquanto suas irmãs já brincavam derrubando uma as outras, mordendo os pontos vitais e aprendendo a se defender para quando precisasse.
Ela estava preocupada com o filhote agarrado em seu tronco, ele preferia dormir ali ao invés de estar com suas irmãs. As pequenas pulavam afoitas uma em cima das outras, não se importavam com o que estaria em seus caminhos, o perigo pode estar em qualquer parte, mas as filhotes brincavam contentes. A maior delas abaixou armando o bote, Kįwæπ¥ demonstrou ser aldaciosa e traiçoeira, esperava suas irmãs demonstrar fraqueza para assim poder atacar, então ela pulou em cima de duas filhotes que estavam emboladas uma nas outras, o golpe gerou um impulso derrubando as demais e assim, Žåwßęπ acabou esbarrando no ninho a sua frente.
Jåą cochilava, mas estava atenta a tudo ao seu redor. Ela sabia da existência de outra fêmea que compartilhava o mesmo compartimento que ela — a fêmea que não comeu o filhote defeituoso.
Os boatos espalharam, e infelizmente, Kåπęg já não era bem vista por todos os T∆åes, cada dia que passava, ela era desprezada, seus filhotes não tinham a proteção que precisavam e qualquer T∆åe poderia os matar.
Kåπęg precisou cuidar deles sozinha em uma tarefa muito difícil, ter que caçar e manter seus filhotes seguros estava sendo uma tarefa quase que impossível, sem seu companheiro ela não conseguiria manter todos os filhotes vivos e assim, de nove Kåπęg foi perdendo seus bebês, um a um sendo mortos ou por machos territorialistas, ou por fêmeas violentas.

Distante dali, em meio as densas matas, um macho alfa carregava uma fêmea em suas costas, ela era bem atraente, estava sozinha e exalava um cheiro forte de feromônios do acasalamento.
Seus dedos tocavam na costela do Sapien, a sensação era gostosa enquanto a fêmea fazia esse carinho involuntariamente enquanto se encontra inconsciente. Droaha conhecia a fêmea em suas costas, uma que foi muito cobiçada tempos atrás por quase todos os machos de seu bando, talvez fosse sorte e ele não iria disperdicar.
Ziaah sentia os solavancos de seu corpo, mas não conseguia fazer movimento algum, sabia que estava em apuros, porém nada poderia ser feito a não ser aceitar que não há mais escapatória.
Poucos metros depois os passos de Droah cessam, Ziaah ficou apreensiva, porém quieta. Havia mais barulhos vindo na direção deles, Droah ficou ali esperando, dos arbustos saiu alguns esquilos disputando por comida e então ele prosseguiu para longe das montanhas, seu destino era mais além da planície de plantações, passar pelo campo onde houve a explosão e seguir mais ao norte.
Ele passou pelo campo assim como planejou, a noite estava em perfeitas condições para ser passado despercebido no meio da natureza, o céu estava mais escuro conforme as horas avancavam e seus passos ainda mais rápidos por entre os galhos e folhas secas do chão.
Ziaah estava com dificuldades de respirar por conta da sua posição nas costas do homem, ele não teve cuidado algum ao jogar seu corpo sobre os ombros, no processo ela havia batido com a cabeça em uma árvore e desmaiado.
Talvez fosse melhor ter ficado com seu bando, nem tudo o que escolhemos acaba contribuindo para o bem e a felicidade que desejamos, e Ziaah agora sabe muito bem disso.
O macho parou alguns segundos e depois retornou a andar, ela sentiu o braço dele em suas pernas, estava segurando com mais firmeza e depois sentiu o frio no estômago quando ele começou a escalar algumas rochas.
Droah escalou as rochas até o alto da montanha, a entrada da caverna se encontrava quase no pico o que dificultava muito o acesso de outros bandos e até mesmo de animais selvagens, um lugar em perfeitas condições de se criar filhotes.
Ziaah foi deixada dentro da caverna sozinha, o macho estava aguardando do lado de fora, talvez o restante de seu bando chegar. Ela escorou o corpo na parede fria sentindo um nó em sua garganta, a luz da fogueira iluminava bem pouco o ambiente, ela estava quase se apagando o que motivou Ziaah a tentar manter ela acesa.
Se aproximou para unir as madeiras que apresentavam bastante brasa e então, ela assoprou fazendo com que a caverna se enchesse de fumaça, tossiu sentindo suas narinas queimarem.
— Arg! — Reclama se afastando, as brasas ainda estavam acesas, mas logo iriam se apagar por completo. Ziaah ficou decepcionada por sua desenvoltura, ela sabia apenas de frutos e folhas, em cortar legumes, mas não conseguia manter se quer o fogo aceso.
Droah escutava a fêmea estando do lado de fora, ele estava nervoso com a demora dos demais membros, queria exibir sua conquista e quem sabe, conseguir algum tipo de luta em disputa por ela. Aos poucos os machos foi chegando, dois deles carregavam a caça da noite, um grande servo.
— Skanis? — Naan comentou farejando o ar, Tuog também repetiu os gestos.
— Ub Skanis. — Eles deixaram a caça ao lado do líder, abaixaram em respeito.
— Dranix? — Tuog perguntou sobre o terceiro integrante do bando, ele sempre costumava caçar sozinho.
Droah negou, soltou o ar pelas narinas e sentou na rocha da entrada da caverna, os outros machos pegaram a caça e entraram.
Ele deveria ficar preocupado com a fêmea sozinha lá dentro, mas estava mesmo aguardando o macho mais violento do bando, esse sim dará um bom trabalho em questão de acasalamento.
Tempos depois o macho robusto aparece carregando um javali sobre as costas, subindo as rochas com muita facilidade e mais abaixo dele, Ikloj que trazia mais lenha para a fogueira.
O quarto macho do bando, ele não era tão forte assim, mas tinha um corpo definido. O mais inteligente dentre eles e susessivamente o mais carinhoso, estava usando de sua inteligência para conseguir subir na montanha, amarrou a lenha com uma corda feita de cipó e jogou sobre os ombros, começou a escalar tomando o máximo do cuidado enquanto Dranix fazia de tudo para desprender algumas pedras tentando acerta-lo.
— Dranix! — Ikloj estava furioso, um pedrisco caiu em sua cabeça. Droah ficou ali observando tudo, ele também escutava os baixos soluços que vinham do fundo da caverna, provavelmente vindos da fêmea.
— Ugobrank! — Estava impaciente quanto as brincadeiras dos machos lá em baixo, o grito foi de aviso e então ele deixou os dois sozinhos.
Entrando na caverna, encontrou os machos ao redor da fêmea, ela estava deitada sobre a rocha e tremia de frio, Naah estava bem próximo, cheirando entre as pernas da fêmea, ali encontrava uma mancha de sangue sobre suas coxas, Tuog cruzou os braços insatisfeito, Droah se aproximou olhando para os dois, eles se afastaram quase esbarrando em Dranix e Ikloj na entrada.
Ziaah virou as costas evidenciando suas curvas, ela estava totalmente entregue ao sono, cansada por ter corrido pela mata no começo da noite, ela acabou dormindo após ter chorado. Os machos estavam admirando a beleza da fêmea, os cabelos dela eram longos e encaracolados, fios negros que contratava com o tom mais achocolatado de sua pele, os seios eram médios e pareciam pesados ao toque, a cintura larga bem atrativa.
Eles estavam ficando loucos, o líder se aproximou, depois olhou para os demais e ordenou que Ikloj acendesse a fogueira, logo a fêmea ficou calma após o calos das chamas tomarem conta do ambiente. Todos os machos estavam audaciosos por conta de Ziaah estar sangrando, Dranix se arriscou em uma aproximação, Droah empurrou o macho com força, ambos caindo do lado oposto a fêmea em uma disputa de força ao qual acabou assustando ela. Ziaah abriu os olhos assustada, dois machos brigavam em sua frente com golpes violentos, e mais dois deles olhavam para ela, estavam curiosos em um ponto específico de seu corpo o que fazia ela ficar com o rosto quente.
Ziaah se afastou até encontrar a parede, os barulhos dos corpos se chocando lhe incomodava muito, ela sabia que um deles a teria ali, ou talvez, mais de um deles.
— Unk! — Um deles se comunicou, chegando mais perto dela. Ele queria cheirar seu pescoço e fez, Ziaah fechou os olhos com a aproximação do macho, ele era forte, mas nem tão forte assim, porém com traços delicados no rosto que o fazia ser atraente, os cabelos longos trançados para trás se tornaram charmosos para ela.
O frio das paredes em suas costas arrepiou os pelos de seu corpo, os machos não paravam de se aproximar, eles queriam se acasalar com ela, então um deles puxou o tornozelo de Ziaah que soltou um grito de surpresa. O macho de tranças já estava por cima dela, cheirando o pescoço e lambendo o local, Ziaah tremeu com os toques firmes em sua pele, o outro macho reinvindicou também uma parte dela, ambos acariciando.
Eles queriam que ela ficasse tranquila, Droah deu um fim na disputa com um golpe firme no rosto de Dronix que cai no chão exausto, os cabelos caindo no rosto do macho e o líder se aproxima de Tuog e Ikloj, empurra os dois para o lado e toma a posição no meio das pernas de Ziaah.
Ela se assusta quando as mãos de Droah pega seus tornozelos e gira seu corpo com facilidade, o macho agora tem a visão completa de suas nádegas, ele fica satisfeito ao notar o sangue escorrer pelo meio da pequena fenda.
Sem perder tempo ajusta seu membro que já se encontrava rijo e então roça na entrada fazendo a fêmea suspirar surpresa com os movimentos, Droah empurrou contra a proteção da vulva escutando o grito da fêmea e então começou os movimentos.  Os demais machos, sem ter o que fazer, apenas ficaram observando a cena, com os sacos doloridos e pesados, se masturbando enquanto olhavam o líder se esvaziar dentro da fêmea.
Após esse grande feito, Ziaah estava exausta, Droah satisfeito e os machos prontos para também terem um momento com a fêmea, eles aproveitaram da situação. Um a um subiram em Ziaah, bateram firme com as bolas sobre as nádegas dela até depositarem a última gota de sêmen em seu interior.
Normalmente em um bando, o macho alfa nunca divide sua fêmea com os demais integrantes, eles são territorialistas por natureza, defendem o que é deles por direito, mas dessa vez foi diferente e Ziaah tentava entender tudo isso, ela sentou sentindo o corpo mais dolorido do que ante, ela sabia que já não poderia correr atrás de seu desejo de ser livre, então apenas se manteve quieta, aguardou o primeiro macho e permitiu.
Mas ela não esperava sentir coisas novas, o aperto no ventre, o desejo insaciável, ela não estava pronta para o improvável.

Horas mais tarde o sol estava surgindo, a relva molhada indicava que a noite foi de temperatura baixa, animais rastejantes como crocodilos procuravam comida perto da planície, javalis andavam por entre algumas árvores caídas, a alimentação já estava garantida com insetos e larvas. Ziaah se encontrava em meio a braços e pernas, Droah segurava sua cintura, os outros machos disputaram por uma posição com ela na hora de dormir, todos nus.
Algumas minhas dali, Bhaah se preparava para sair da caverna junto de seu bando. Ali já não era mais seguro, boa parte das árvores em volta do covil havia caído de uma maneira estranha, Gouaha havia relatado isso quando saiu para investigar ao redor da montanha.
Boa parte das árvores caíram, alguns animais de grande porte apareceram devorados, isso era sinal de um novo predador na região, muito perigoso para manter o Vando por perto, principalmente quando as fêmeas carregam seus filhotes, eles devem partir e é o que fazem.

Eclipse:  A SOMBRA No Vento Noturno. TRILOGIA ALIEN - LIVRO 01Onde histórias criam vida. Descubra agora