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Maria Manuela


Gravidez? Essa palavra em alguns dias se tornou algo desesperador! E sim, é um dos meus sonhos, mas quando isso pode se tornar uma realidade muito rápida inclusive, se torna algo muito desesperador porque não era algo que eu queria agora.

Eu não sou do tipo de mulher que vive ou quer viver uma vida com um roteiro completo. Eu sempre fui da que gosta do: "deixa acontecer naturalmente", mas isso não incluía filho.

É uma responsabilidade imensa, um elo eterno, um amor sem limites e eu sei bem disso. Eu e a minha mãe temos uma conexão de outro mundo e essa sempre foi minha meta de amor materno com os meus filhos. Apoiar, dar amor, atenção, ser o ponto de equilíbrio para o meu filho.

Minha mãe desde sempre foi minha âncora, minha peça chave.

Eu sempre disse pra Virgínia que ele engravidaria primeiro, até porque meses atrás ela quem era a namoradeira. Quando ela veio com essa ideia, eu juro que não liguei, porque real eu tenho meu chip! E por esse motivo se eu estiver grávida ou vai ser uma coisinha enviada diretamente de Deus com um motivo muito bom, ou é muita filha da putagem desse anti neném.

Olhei em volta de toda aquela casa, na qual eu estava sozinha. Não sei se isso me incomoda ou me conforta, mas eu me pego pensando em tudo isso.

Não era a hora certa, não era isso que eu queria, mas porra, não é possível.

Levanto daquele sofá bege e subo as escadas procurando o bendito teste que a dona Virgínia comprou. De verdade eu não sei o que fazer não, na real eu nem sei se quero fazer, só fica grávida quem faz o teste.

Assim que achei o teste, enfiei ele de volta na bolsa e fui caçar o que fazer, eu tô ficando é maluca. Não tem lógica um chip anticoncepcional colocado a menos de 2 anos ter falhado. Só se eu for muito azarada.

Fui na cozinha e não achava nada pra comer! Até o momento que eu abri o congelador e vi um pagode de nuggets, é aquele ia ser o meu almoço.

(...)

O dia tava agitado pra caramba. A sensação térmica tava pique "estou no inferno" e eu queria fazer qualquer coisa, menos ficar em casa!

Deitada pela terceira hora seguida naquele sofá, vendo o feed do insta eu vi uma publicação sobre um studio de bronze. E é pra lá que eu vou. Solzão desse, vai estralar. Subi correndo atrás das minhas coisas peguei meu biquíni por que gosto da marquinha dele, coloquei um short e liguei pra minha neném obrigando ela a ir comigo.

Ela subiu de moto táxi e eu desci uma parte a pé mesmo pra nos encontrarmos na frente do local mesmo, as vezes eu odeio de verdade o fato do Caio morar no topo desse lugar. Minhas pernas que lutem.

De longe vi minha nanica com o cabelo preso e só de biquíni e short. Quando ela me viu ela correu e me deu um selinho.

Virgínia: fez o teste?- revirei os olhos e dei as costas pra ela.- Não vou te falar mais porra nenhuma, parece que é burra, sonsa.

Manuela: Ia fazer mas tava sozinha, fiquei com medo.- tô de saco cheio desse papo, que ódio.

Virginia: me ligasse que eu viria pra fazer junto com você, deixa de birra Manuela, tá passando mal horrores e não quer fazer esse teste. Quer esperar até quando, até o momento de parir?- puxou meu braço me fazendo virar pra ela e eu senti meus olhos enchendo de lágrimas, por que doeu.

Manuela: Olha como você fala e encosta em mim, Virgínia. Você é minha amiga mas pra eu descer a mão na tua cara é pouco.

Virgínia: Então desce, cara! Tá esperando o que?- perguntou debochando e de verdade tô me estressando com essa porra.

Manuela: Tô esperando nada não, to pensando na consideração que eu tenho por tu! Tá me pressionando pra caralho em um assunto que é meu, tu não tem nada com isso não porra.

Virgínia: Tô te pressionando porque me importo com você, ingrata! Não sabe se é isso e se não for, tem que procurar saber o que é.- disse já abaixando o tom.

Manuela: Ok, Virgínia! Quando eu estiver pronta pra fazer eu vou fazer.- entrei no studio com ela atrás de mim.

Marquei tudo direitinho e uma segunda sessão. Peguei meu cartão pra pagar e a retardada pegou o dela.

Manuela: Passa as duas aqui, por favor.- falei com a recepcionista.

Virgínia: Eu vou pagar o meu!- disse estendendo o cartão.

Manuela: Tô te perguntando alguma coisa? Da licença Virgínia, eu que te chamei e eu vou pagar.- digitei a senha e fui entrando.

Passamos umas 2 horas ali tomando sol e não trocamos uma palavra se quer. Ela ficou bolada e eu fiquei mais ainda. Não sou obrigada fazer as coisas na hora que ela quer, eu to ligada que tenho que fazer essa merda, mas não vou fazer com essa pressão toda.

Não parece mas eu tô nervosa pra caramba com tudo isso. Não sei como o Caio vai reagir, como meus pais vão reagir e nem como eu vou reagir. É foda pra caralho.

Vivemos em um mundo horrível e eu juro que vou me sentir muito egoista por trazer um ser inocente pra esse lugar. A vida do Caio é perigosa e como ele mesmo disse já tem ameaças até pra mim que sou só namorada dele, imagina se ele tiver um filho?

Cheguei em casa, tomei um banho e quando voltei pro quarto eu vi a ponta do teste dentro da minha bolsa. Acho que já tá na hora de ter a certeza disso, não adianta ficar com essa angústia.

Fiz tudo bonitinho e fui vestir roupa enquanto o resultado não saia. Desci pra cozinha e fiz um misto quente.

Sentei no sofá e respondi a mensagem da minha mãe falando da coleção de biquíni que tinha chegado. Quando ia mandar mensagem pro Caio a porta se abriu e ele passou por ela.

Medelin: Ta bem, narizinho?- roçou o nariz dele no meu e me deu um selinho.- parou de vomitar?

Manuela: Parei, graças a Deus! Tô bem melhor, amor.- Abracei ele assim que ele me deu um beijo na testa.

Medelin: percebi mesmo, foi até torrar a testa lá. Deixa eu ver a marquinha.- me puxou me fazendo ficar em pé e se sentou onde eu tava. Me puxou pra frente dele e colocou as mãos na lateral das minhas pernas. Abaixei as alças da blusa que eu tava.- quero ver completa, tira a blusa.

Manuela: deixa de ser safado, cara.- gargalhei do sorriso safado que ele deu.- vai tomar um banho pra você vim admirar a parte de baixo.

Medelin: Admirar como?- me puxou pro seu colo me fazendo sentar de frente pra ele.- hein?

Manuela: Admirar com a boca.- falei no ouvido dele, que beijou minha boca com um fogo de sempre. Separei dele e me levantei.- Vai!

Ele seguiu pra escada e eu peguei meu celular de novo. Uns 20 minutos depois ouvi ele descer as escadas.

Medelin: Amor?- me chamou perto do sofá.- tá com febre, bebê?

Manuela: Tô não, amor, por que?- perguntei confusa.

Medelin: Vi o termômetro lá encima ué.- Puta que pariu

O teste.

(...)

Desculpa o sumiço das mamys, tava corrido demais. ❤️❤️❤️

Até mais.Where stories live. Discover now