003 / hijo de puta.

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rue arellano's pov


acordo piscando lentamente, e com uma dor de cabeça gigante.

sinto algo incomodando meu braço esquerdo, e quando vejo, é uma corrente; uma corrente enferrujada, e longa, mas fina.

arregalo os olhos e meu coração dispara. levanto a cabeça com uma tontura do caralho e vejo robin preso em uma cadeira.

minha visão está um tanto embaçada, mas consigo ver o corpo magro preso em uma corda. puta merda.

ㅡ oq diachos aconteceu... ㅡ murmuro, e depois grabber entra na sala, fazendo eu me calar.

finjo estar desmaiada, apenas ouvindo os passos do homem se distanciando do meu lado.

estou no canto direito do porão, pra quem vir da porta, e robin está no centro do lugar.

ㅡ oq você quer comigo, seu hijo de puta? ㅡ afronta o moreno, bravo, e o homem ri.

ㅡ talvez seu corpo, pra entrar na minha coleção.

meu coração pulsa ainda mais rápido, e eu sinto como se ele fosse sair pela boca. minha cabeça começa a latejar.

respiro fundo, devagar, e abro meu olho direito. vejo que a garrafa do "refrigerante" está ao meu lado, vazia, mas ao meu lado.

uso minha mão livre para pega-lá e leva-lá até mim. não arrasto, apenas a pego, pra não fazer barulho.

ㅡ me solta, caralho! eu vou te matar seu desgraçado! ㅡ grita robin, fazendo eu me desesperar mais ainda.

um grito preso vai de robin, e eu sinto meus olhos lacrimejarem.

tem um gancho que prende a corrente, então só preciso de algo pesado pra tirar a corrente do gancho.

a corrente é pesada, e eu estou fraca, então preciso de algo que me estimule a tirar a corrente do gancho.

...meu brinco! meu brinco prata de argola. ele é gordo, é pesado, então acho que ajuda... pera, como vou tirar ele da minha orelha?

vou tentar com uma mão só mesmo.

tiro a borrachinha que prende a argola na orelha, e seguro o brinco pra ele não cair no chão.

sorrio largo e firmo meu braço, botando toda minha força ali, fazendo até aparecer minhas veias. pego o brinco e tento tirar a corrente, fazendo ela levantar, mas logo após voltando pra onde estava.

meu sorriso se desfaz e junto minha força denovo, e dessa vez conseguindo soltar a corrent... é, eu consegui! eu soltei a corrente!

agora meu braço está livre, e eu posso levantar. meu corpo já está melhor, como posso dizer, menos vulneravel.

pego a garrafa, que tinha soltado antes por conta da argola, e levanto.

com uma mão eu seguro a corrente, e com a outra eu forço minha mão para quebrar a garrafa. os cacos irão cair na minha mão, e com eles eu poderei cortar grabber.

e como eu pensei, cairam, e eu vou até grabber.

pego o maior caco que tenho e arranho o braço do homem, que logo se virá pra mim soltando um grunhido e com a outra mão no corte.

robin ergue sua perna, mesmo presa, e chuta a canela de grabber. o mais alto que ele poderia chegar era ali.

o mesmo vira-se para o mais novo denovo, e eu pego a corrente e puxo grabber pro chão, pelo seu pescoço.

ele cai no chão, um baque, e eu piso nele tão forte que o faz tossir. eu sou foda, porra!

ㅡ se você não me passar a porra do código do cadeado, eu te mutilo muito mais só com um cacete de um caco de vidro! ㅡ grito afundando meu tênis na sua barriga, fazendo ele tossir mais, e eu sorrir.

ele nos passa o código, e eu e robin subimos correndo para a porta. colocamos os números, mas não destrancou.

ㅡ caralho! vai pedir o código de verdade! ㅡ diz robin, insinuando que grabber nos passou um código falso.

ㅡ calma, robin, pode ser uma sequencia diferente... ㅡ digo tentando com outra ordem aleatória.

23317?

ㅡ isso! ㅡ comemoro quando o cadeado destrancou. vejo robin sorrir, e logo depois abrir a outra porta.

saimos correndo pela calçada, eu meio tonta e com as pernas doendo, mas pelo menos escapamos! conseguimos!

viramos para outra rua e eu ouço um barulho de motor atrás de mim. não...

ㅡ corre, robin!

ele olha pra trás e para de correr, e quando eu vejo, já estou sendo amarrada pelos balões novamente.

apenas ouço gritos do lado de fora da van, e sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

[...]

acordo, e novamente vendo as paredes cinzas mal pintadas. mas que caralho? deus, oq eu fiz pra merecer isso?!

eu ia escapar, eu ia! eu estava conseguindo... finney?

ㅡ oq diachos vocês dois estão fazendo aqui? ㅡ pergunto, começando a ficar nervosa.

me sento na cama, e finney está sentado no chão olhando pra mim, enquanto robin rabisca o chão com sua unha.

ㅡ a gente foi pego denovo, lembra? ㅡ diz o latino, com a voz trêmula.

ㅡ a gente? você estava bem mais longe doque eu, robin! era pra você fugir!

ㅡ tá zuando, rue? graças a você que eu sai, eu não ia deixar você voltar pra cá sozinha.

ㅡ não é assim que as coisas funcionam, robin... ㅡ murmuro irritada, e ele revira os olhos.

ㅡ não importa! não tem oq funcionar, eu que faço a porra do meu destino, e se a gente conseguiu sair uma vez, também vamos conseguir agora! ainda mais com o finn aqui... não que eu queira que você esteja aqui, óbvio?

ㅡ e pq diachos ele está aqui? ㅡ pergunto, e o loiro encosta a cabeça na parede e suspira.

ㅡ eu estava procurando vocês, de noite, até ver ambos correndo, e de repente balões pretos e a rue sumindo. eu fui com a bicicleta chamar o robin, pra a gente fugir, mas ele não quis, então ele foi pego denovo, e quando o mascarado me viu... ele me pegou também.

ㅡ como ele pegou três de uma vez...?

ㅡ com os braços. ㅡ responde o moreno de forma simples, e prendendo o riso.

ㅡ tá engraçadinho hoje né, desgraça? ㅡ digo e ele solta a gargalhada

ㅡ mas, vejam pelo lado bom, agora é mais fácil da gente escapar! em três, funciona melhor.

ㅡ três? em dois, a não ser que o plano de vocês envolva porrada. ㅡ diz apontando para mim e finney, e eu passo as mãos no rosto após.

ㅡ meu deus, só piora.

ㅡ já tentaram gritar? ㅡ sugere finney, e eu e robin o olhamos com uma cara de tédio ㅡ e pq não conseguiram?

ㅡ tem isolamento acústico aqui, ninguém ouve, nem se quer o grabber. o bom é que podemos fazer qualquer coisa, e ele não irá ouvir. ㅡ respondo, com uma feição fechada, e vejo robin prender o riso novamente.

olho pra ele com o cenho franzido, e logo reparo noque pensou.

ㅡ credo robin, para de ser malicioso!

ㅡ eu não pensei nada, foi você! ㅡ retruca o mesmo agora rindo, fazendo eu rir junto. vejo finney dando um riso baixo e negando com a cabeça repetidas vezes.

. . .

LOVER, finney blake.Where stories live. Discover now