• Dia seguinte •
No outro dia, ainda pela manhã, Sérgio acordou com o barulho que vinha do banheiro do quarto. Quando abriu o cômodo, encontrou Raquel vomitando tudo que ingeriu na noite passada.
Ele se ajoelhou ao lado dela e segurou os cabelos de Raquel para que não sujasse. Passou a mão nas costas dela, na intenção de amenizar a dor após ouvir ela reclamar. Depois de alguns minutos, ela finalmente parou e ele a ajudou a se levantar.
— Está se sentindo melhor? — perguntou, dando descarga no vaso e vendo Raquel se escorar com cuidado na pia.
— Não, a minha cabeça está latejando de dor e eu estou enjoada. — respondeu, se abaixando na pia para lavar a boca e o rosto.
— Vou pedir algum remédio para a Alicia e já volto. Tome um banho enquanto isso, pode ser?
— Obrigada, Sérgio. — ela agradeceu, após enxugar o rosto na toalha.
— Disponha, eu sempre estarei aqui para cuidar de você e de todas as suas ressacas. — se aproximou para deixar um curto beijinho na testa dela, que sorriu em resposta, e em seguida deixou o quarto.
Raquel fez o que Sérgio pediu, tomou um banho e vestiu uma roupa confortável para se jogar na cama novamente. Ela não se sentia disposta para absolutamente nada.
Poucos minutos depois, Sérgio retornou para o quarto, com dois comprimidos e um copo com água.
— Raquel, levanta. — ele parou ao lado da cama e deu risada ao ver Raquel enfiar o rosto por baixo do travesseiro e resmungar algo que ele não compreendeu muito bem, mas pareceu ser um palavrão. — A culpa não é minha se a senhorita resolveu experimentar todas as bebidas da festa. Anda, vamos, levanta!
— Que droga! — ela tirou o travesseiro do rosto e se sentou na cama para pegar o remédio e copo das mãos dele. — Sérgio, me prometa que nunca mais vai me deixar beber.
— Eu prometo, mas se você vai me obedecer são outros quinhentos. — ele riu.
Os remédios foram engolidos na base do ódio, Raquel sentia tanta dor de cabeça que ela não precisou de água para engolir os comprimidos.
— Agora descansa que logo os remédios fazem efeito. — ele comentou, colocando o copo com água no móvel ao lado da cama.
— Fica aqui comigo? — ela segurou na mão dele. — Hoje eu só quero ficar abraçadinha com você, posso? — pediu de forma manhosa.
— Eu vou só tomar um banho antes e venho ficar com você, pode ser? — perguntou e ela acabou concordando, mesmo que um biquinho tivesse se formado nos lábios. — Volto em cinco minutos.
Ele deixou outro beijo na testa dela e seguiu para o banheiro. Sérgio passou exatos cinco minutos no banho e quando voltou, já trocado de roupa e cheiroso, viu Raquel deitada toda encolhida na cama.
— Vem aqui, meu bem. — ele pediu ao se deitar na cama e abriu os braços para Raquel se aconchegar em seu peito.
Raquel logo estava agarrada ao corpo de Sérgio, que a abraçou com cuidado.
— Você está quente, Raquel. — ele passou a mão pelo braço dela e depois subiu para o pescoço. — O enjôo passou? — perguntou, preocupado.
— Passou. — respondeu, num sussurro. — Não se preocupe, eu vou ficar bem.
Raquel se aconchegou no peito dele e encaixou o rosto entre o vão do pescoço de Sérgio, podendo sentir o cheiro gostoso de sabonete que ele exalava.
— Além de gostoso, você é um moreno cheiroso. Joder, eu ganhei na loteria! — o comentário fez Sérgio rir.
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Manchas vermelhas
FanfictionSérgio Marquina, contratado como investigador particular para uma família milionária, se encontra disposto a desvendar todos os mistérios da família Murillo quando Raquel entra na sua vida. Em uma viagem juntos, Sérgio vai descobrir que Raquel escon...