Estávamos preparando tudo para a armadilha, e eu ajudava os meninos a passar a cera no chão. Assim que terminei meu trabalho, me levantei, mas, ao pisar em falso, escorreguei e cai de bunda na cera. A risada deles ecoou pela sala, uma combinação de alegria e travessura.
— É sério isso, gente? — indignei-me, olhando para eles com uma expressão que misturava irritação e diversão. — Me ajuda a levantar, Paulo, e para de rir, cacete!
— Claro, senhorita! — respondeu ele, tentando parar de rir, mas a risada escapava a cada palavra. Acabei dando um tapa na cabeça dele.
— Me desculpa, é que foi hilário! — ele riu, segurando a barriga.
— Seu idiota! — disse, tentando manter a seriedade, mas acabei sorrindo. — Agora você vai ter que me ajudar a limpar essa cera!
— Com certeza! — ele respondeu, piscando. — Eu sou o melhor assistente de limpeza do acampamento!
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Dia seguinte
Entramos um por um na casa de ferramentas, observando o Gonzalito, que estava mais nervoso que nunca. E acreditem ou não, o bobinho caiu na nossa armadilha! Ele estava preso na rede que armamos e todo machucado por causa das ratoeiras, além de estar cheio de penas.
— Posso saber o que o senhor está fazendo aqui? — Allan perguntou, cruzando os braços e tentando parecer sério, mas a curiosidade estava estampada em seu rosto.
— Eu vim aqui roubar as provas! — respondeu Gonzalito, com um sorriso torto e um olhar desafiante.
— As provas de que foi você quem sabotou a tirolesa? — Cirilo perguntou, claramente confuso, e todos nós trocamos olhares.
— E que na verdade foi você quem colocou o fogo no lago! — completou Kokimoto, quase rindo da própria pergunta.
— Ah, e não foi você também que soltou as baratas, ou foi? — finalizei, quase rindo da situação, e Gonzalito apenas confirmou com a cabeça, como se aquilo fosse uma grande conquista.
— Isso mesmo! — ele concordou tão facilmente que quase ri. — Essas provas mesmo...
— Que incrível! — Paulo exclamou, aplaudindo sarcasticamente. — Mas você fez tudo isso sozinho?
— Ou foi uma ideia sua e do González? — MJ e eu perguntamos juntas, levantando as sobrancelhas.
— 'Ocê tá me filmando? — Gonzalito finalmente percebeu a câmera de Maria Joaquina. — Ou tá tirando foto? Fala pra mim, cê tá me filmando, garota?
— Aham! — ela confirmou, rindo, e eu a acompanhei, sabendo que aquele momento ficaria gravado para sempre.
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Um tempo depois...
— Que sinistro! — Paulo falou, sentando-se ao meu lado na cama e encostando a cabeça no meu ombro. Ele pediu cafuné e eu fiz, gostando do carinho. — Será que esses caras nunca assistiram "Esqueceram de Mim"? Nós não podemos ser os culpados!
— Eu acho isso tudo tão triste — Valéria falou, e todos concordamos, sentindo um peso na atmosfera.
— Gente, eu se...
— A gente pelo menos tentou ajudar, né? — Kokimoto disse, com um semblante triste, mas esperançoso. — Esse é o lado bom!
— É sim, mas eu acho que a gente só atrapalhou mais do que ajudou! — confessei, soltando um suspiro frustrada.
— Eu só queria dizer que eu se...
— Você queria dizer — Mari Joaquina interrompeu novamente, com um olhar impaciente. — Mas não adianta dizer mais nada, Cirilo! Será que você não entende?
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ONLY YOU ◇ PAULO GUERRA
Fanfiction𝐂𝐀𝐑𝐑𝐎𝐒𝐒𝐄𝐋 ━━━━ 𝒫𝒶𝓊𝓁𝑜 𝒢𝓊𝑒𝓇𝓇𝒶 ━━━━ 𝑼𝑴 𝑨𝑪𝑨𝑴𝑷𝑨𝑴𝑬𝑵𝑻𝑶, PANAPANÁ.. nas férias os alunos da Escola Mundial foram para o acampamento do avô de Alicia • • • Pode parecer algo normal de férias, porém para esses adolescentes nã...