Eles confiam em um poodle-rosa

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Quase estraguei meu disfarce ao não perceber que Grover tinha decido da árvore e começava a se aproximar de onde os fantasmas patrulhavam.

Ver o sátiro e Annie prepararem tudo enquanto Percy dormia gerou sentimentos controverso, por um lado eu achava fofa a amizade e preocupação deles, por outro achava um absurdo Percy descansar enquanto os outros trabalhavam. Em um pequeno ataque de raiva envio uma mão esquelética para empurrar a cabeça de Percy, o fazendo acordar.

Estava longe demais para escutar tudo, mas não pude deixar de rir quando Annabeth obrigou o filho de Poseidon a cumprimentar o cãozinho que Grover tinha encontrado e trazido para o acampamento.

"...Há uma estação da Amtrack a um quilômetro naquela direção. De acordo com Gladiola, o trem para o
oeste parte ao meio-dia..." Me impressiono, não com o plano da filha de Atena, mas com o fato de alguém ser tão cruel a ponto de nomear um cachorro de: Gladiola.

O tempo no trem certamente foi o momento que mais adorei da viajem, fiquei o tempo todo em carne e osso, aproveitando na última cabine da primeira classe, vesti um esqueleto com roupas de garçom e o fiz roubar comida para mim. Mantive um fantasma perto do trio, fantasma esse que me informaria caso algo acontecesse.

Perto do fim do segundo dia no trem, em 13 de junho, oito dias antes do solstício de verão, passamos por algumas colinas douradas e sobre o rio Mississipi, e entramos em St. Louis. Quando paramos na estação ferroviária meu fantasma voltou, após me avisar que o trio tinha desembarcado sumiu em vapor.

Me transformei em expiravit e segui-os, foi complicado me manter escondida quando adentramos no museu, então tive que ficar o mais perto das paredes que pude, numa tentativa de 'desaparecer' nas sombras do lugar.

Embora o ambiente estivesse tranquilo me sentia enjoada, como se não fosse correto termos saído do trem. Vejo Annie revirar os olhos para algo que Percy disse e tento escutar:

"Estamos em local público... Você quer dizer, o nosso amigo do andar de baixo?" A frase de Grover me faz querer rir.

".....Elmo das Trevas"  disse Annabeth. " Sim, é seu símbolo de poder. Eu o vi junto ao assento dele durante a assembléia do solstício de inverno."

"Ele estava lá?" perguntou Percy

Annabeth confirmou

"É a única ocasião em que ele tem permissão de visitar o Olimpo, o dia mais escuro do ano. Mas, se o que ouvi é verdade, o elmo é muito mais poderoso que meu boné da invisibilidade..." Senti uma pitada de raiva com aquilo, era difícil não achar injusto o tratamento dos deuses para com meu pai.

Sem prestar atenção ao meu caminho acabei indo de cabeça em uma pequena estátua que estava por ali, como estava na minha forma de expiravit não me machuquei nem derrubei nada, mas acabei me distanciando do trio.

Aproveitei o tempo que durou me desenrolar da maldita estátua para imaginar o motivo de Percy estar perguntando do símbolo de poder do meu pai. O pensamento de que o Jackson poderia querer rouba-lo perpassa minha mente e me arrepio ao lembrar de meu pai se referindo a ele como ladrão.

Percy não seria capaz de roubar o elmo, correto?
Ele não é capaz de roubar nada!

Bufo irritada ao perceber que perdi as crianças de vista. Espero que o elevador volte, mas havia sido a última viajem para o arco. Subir flutuando não seria sutil nem confortável, então preferi por esperar.

Esperei um tempo considerável até o elevador descer, mas quando vi apenas Annie e Grover saírem de lá senti meu sangue gelar.

"Não devíamos ter deixado Percy lá, estou com um mal pressentimento" As palavras de Annabeth foram um gatilho, me fazendo ignorar qualquer possível desconforto e me impulsionar para cima.

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⏰ Última atualização: Oct 14, 2022 ⏰

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Alya 'Tod' a filha de Hades e a anja de TanatosOnde histórias criam vida. Descubra agora