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Penélope e o pai voltaram para casa, para não causarem nenhuma desconfiança em dona Vanessa, mãe de Penélope e deixaram Carlos, sob vigilância dos três homens.

- Por que demoraram tanto? - Ela perguntou do marido e da filha.

Eles olharam um para o outro e Ronaldo, entre exitações, lhe respondeu:

- Eu e a Penélope... fomos dar uma volta no shopping.

- Um passeio de pai e filha?

- Isso! - Penélope respondeu de imediato.

- Falando em passeio, não me lembro quando foi a última vez que saímos todos juntos.

- Podemos fazer isso qualquer dia desses, querida.

- Eu adoraria sair com a minha família! - Sorri.

- Mas isso, outro dia. Agora estou cansada. Vou tomar um belo banho e descansar. - Penélope avisa a todos e sobe as escadas que dá para o seu grande quarto.

- Eu também vou tomar um banho e depois, quero jantar. Estou com muita fome. - Seu Reginaldo diz.

- Vou mandar os cozinheiros prepararem um jantar para nós. - Dona Vanessa fala.

Penélope e seu pai estavam tão  tranquilos e não tinham um pingo de remorso por estarem mentindo para dona Vanessa, que não suspeitava de nada.

Na hora de dormir, todos dormiram bem, ao contrário da família de Carlos, que passaram a madrugada inteira acordados.

Carlos estava passando fome e sede naquele lugar e sentia dores no corpo, pois as cordas lhe machucavam e ele estava sentado por muito tempo.

Carlos pensava em sua família e em Mônica, tudo o que ele queria era estar junto as pessoas que ele amava.

Carlos se culpava por tudo o que estava lhe passando, pois foi ele mesmo quem havia se apaixonado pela pessoa errada e agora, estava pagando o preço.

Se ver naquela situação era demais para ele e por isso, não aguentou e derramou lágrimas.

Ele ouvia do lado de fora, as risadas dos seus sequestradores, que apostavam em um jogo de cartas sob a mesa.

Já eram três e meia da manhã e os vigilantes de Carlos estavam cochilando.

Carlos tentou soltar-se das cordas que o prendia na cadeira. Remexeu-se tanto, que caiu de cara no chão. Por sorte, ninguém foi vê-lo e continuou tentando escapar.

Alcançou o nó que amarrava seus pés e começou a desatá-lo.

Depois de muito tempo tentando, conseguiu livrar-se das ataduras e abriu a porta de vagar e viu Fábio dormindo no sofá.

Ele então voltou seu olhar para dentro do quarto e teve a ideia de fugir pela janela.

Saiu da casa na ponta dos pés e passou pelo quintal, a fim de que ninguém o visse escapar.

Do lado de fora estava Rúben, que cochilava na varanda, com uma arma na cintura.

Carlos decidiu sair pelo outro lado, mas ouviu passos que poderiam ser de Clóvis, outro capanga do pai de Penélope.

Carlos deu meia volta, mas a porta se abriu e Fábio acordou a Rúben, batendo nele e gritando:

- Acorda! O cara fugiu!

Carlos tentou fugir dalí correndo, mas os homens perceberam isto e ligaram suas lanternas na direção dele. Os cachorros comecaram a latir e começou a perseguição.

Atiraram nele e a bala atingiu, de raspão, sua perna direita. Com a dor da queimação, Carlos não teve mais forças e caiu no chão ferido, segurando sua perna, que sangrava.

Para sempre juntos (TMJ)Onde histórias criam vida. Descubra agora