Capítulo 5: Seguro, porém, com Medos

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Hoje já faz mais de uma semana que estou trancado no meu quarto. Changbin e os meninos voltam hoje de Seul, eu vou ter que comer alguma coisa antes que eles cheguem perguntando porquê estou tão pálido.

Sobre o que aconteceu; eu apenas fugi da situação que estava, fazendo Minho confuso. Mas provavelmente sua irmã já lhe explicou tudo.

Eu não quero encarar Minho, mas eu sinto sua falta e, de alguma forma, ele não me lembra a irmã dele pelo seu jeito, talvez seja isso que tenga me feita desacreditar que eles seriam irmãos. Mas no momento, eu quero fugir dele para não me envolver com Minji de novo.

Eu não tenho o número de Minho e ele também não tem o meu. Talvez isso me ajude a manter essa distância.

Essa distância que, no fundo, eu sei que não quero ter.

Estou há noites sem dormir, e pensar que a última noite que dormi bem foi com Minho me faz querer chorar. Chorar e chorar, e deixar mais lágrimas cair do quanto já escorreram durante todos esses dias trancado aqui.

Eu não quero sair mas eu preciso fazer isso, ou vou morrer de fome e fraqueza aqui mesmo.

Usando o pouco restante de energia que tenho no corpo, me levanto, seguindo até a saída do quarto.

Enquanto estava seguindo para o refeitório, pude sentir meus membros enfraquecidos e minha respiração pesada.

Senti meus olhos se forçando a fechar e meu corpo perdendo o equilíbrio.

Tudo ficou escuro de repente.

Abri os olhos, me encontrando em um ambiente completamente desconhecido para mim. Olhando para as paredes à minha esquerda, percebo que estou na enfermaria da escola.

Acho que eu não deveria ter ficado sem comer.

— Han? — Percebo uma voz conhecida ao meu lado. — Você está bem?

Minho estava ao meu lado, e provavelmente foi quem me trouxe aqui.

Isso é estranho já que ele provavelmente já sabe de toda história. No lugar dele, eu também me afastaria. Aliás, Minji deve ter contado a história distorcida me colocando como o louco.

Tentei levantar da maca para sair de perto de Minho, mas ele me segurou e me colocou deitado novamente.

— Você precisa descansar. — Ele disse.

— Você realmente vai fingir que nada aconteceu ou ela não te contou nada? — Falei em tom alto, mas logo me arrependendo pois alguém poderia ouvir do lado de fora.

— Eu já sabia de tudo mesmo antes de conhecer você. — Lhe encarei confuso. — Bem, era eu quem tentava acalmar minha irmã quando ela voltava dizendo que você não queria mais saber dela.

Faz sentido. Eu não acho que Minji esconderia tão bem o quanto ela era obcecada por mim, mas sei que ela sabe mentir e provavelmente me colocou como errado nisso.

— De começo, quando descobri que era você, quis me aproximar para saber se o que ela falava de você era verdade ou não. — Hesitei, me reprimindo. — Mas eu acabei descobrindo que você não é nada disso e esse não era o único motivo de querer me aproximar de você. — Voltei a encara-lo.

Uma enfermeira trouxe lanche para mim, e enquanto eu comia, Minho não saiu do meu lado nem por um instante. Eu lhe ofereci um pouco de uvas, mas ele insistiu que eu comesse tudo.

— Por que sumiu todo esse tempo? Eu fiquei preocupado. — Ele disse depois que terminei de comer e a enfermeira saiu.

— Não sabia como te ver depois daquilo. — Abaixei a cabeça, desanimado. — E eu não queria acreditar que alguém como você passaria a me odiar.

Why You? | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora