21-Você é minha maior decepção.

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O motorista assentiu, parecendo confuso. Rafa o seguiu e entrou no carro.

Christopher agora precisava de um momento sozinho.

Rafael retornou a mansão e não viu mais Christopher naquele dia.

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No dia seguinte, Rafa resolveu fazer uma visita aos pais. Logo cedo, se vestiu, tomou um café rápido, e aproveitando que o marido não estava em casa pediu à um dos criados que o levasse de carro.

-Meu querido! -Blanca exclamou, ao receber o sobrinho. -Fernando, venha cá!-Chamou, enquanto abraçava Rafael.

O pai do ruivo apareceu momentos depois, fumando um charuto, a expressão séria.

-Olá papai .- Rafa foi abraçá-lo.

-O que faz aqui? E seu marido?

O ruivo recuou, um pouco sem jeito.

-Christopher está resolvendo alguns assuntos e não pôde vir comigo, papai. Mas não está feliz em me ver?-Ele o olhou.

Fernando fez um gesto impaciente com a mão, dando uma tragada no charuto.

-Sim.

-Claro que ele está, meu amor. -Blanca sorriu para Rafa. -Mas venha tomar um chá conosco. Como vai a vida de casado?

Rafa acompanhou a tia, contente. Fernando seguiu-os logo atrás.

Durante o chá, tia e sobrinho ficaram conversando alegremente. Fernando só comentava alguma coisa ou outra, e somente quando Blanca lhe dirigia a palavra, ou quando ele tinha uma oportunidade de criticar Rafael.

-Com licença, vou para o meu escritório. -Ele disse em certo momento, se levantando, colocando o copo de whisky na mesinha e saindo.

-Acho que ele não está muito feliz com a minha visita. –Rafa murmurou para Blanca.

-Não diga bobeiras, Rafael. Ele é seu pai.

-Isso não quer dizer nada. -O ruivo franziu a testa.

Blanca balançou a cabeça e deu um jeito de puxar outro assunto banal com o sobrinho.

Decorrida meia hora, a mulher disse que precisava providenciar o almoço com os criados, e pediu que Rafa a esperasse e ficasse à vontade.

Quando a tia saiu, Rafa encarou a parede da sala de estar. Logo se levantou, e decidiu ir até o escritório da casa.

Deu duas leves batidas e entrou.

Fernando estava sentado numa poltrona, de frente para a janela e observando o lado de fora.

Ele olhou para trás e quando viu Rafael não falou nada.

-Posso entrar? -Ele perguntou, hesitante, já fechando a porta atrás de si.

-Já entrou. -Fernando respondeu com frieza, voltando a encarar a janela.

Rafa engoliu em seco e se aproximou... já estava na hora de ignorar seus medos em relação ao pai e enfrentá-lo. E aquilo seria agora.

-Não parece muito contente com minha visita hoje. -Murmurou de forma banal.

Fernando deu de ombros.

-Estou normal, .Rafael

-Sim, normal. -Ele soltou o ar. -Normal porque você sempre me tratou assim, desde pequeno. Mas somente é normal para você, papai. Não para outros pais.

-Do que está falando, menino?

-Eu quero dizer que o normal é um pai amar seus filhos. -Ele respondeu, distante. -Dar carinho, atenção, e querê-los bem.

Renda-se,Você é meu!!!Where stories live. Discover now