Capítulo 4

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1981 Cincinnati,
Ohio 4:09pM
pov S/n

Após a conversa com o senhor no cemitério fiquei pensando sobre as pessoas que ainda trabalhavam na mansão, isso me deixava confusa, como a mansão ainda continha empregados apos tantos anos? a empresa dos Maximoff havia falido pouco após do falecimento da família, então quem ainda pagava pelos cuidados da casa? e por que pagava?

minhas perguntas seriam respondidas em breve, no momento estava a caminho da mansão Django Maximoff, a moradia da mulher de olhos verdes que atormentava meus sonhos, a caminhada foi longa ja que a casa ficava em uma rota que fugia das ruas da cidade, antigamente, de acordo com os registro existia uma estrada que levava até a casa confeccionada pelo próprio Django, mas após anos a natureza tomou conta do local e agora não se passava de um caminho de mato, o que me fazia pensar ainda mais o que trazia aquelas pessoas a trabalhar em um lugar que seria considerado por muitos como "macabro"

me aproximando dos portões da mansão lá estava eu, sozinha, apenas com uma mochila nas costas levando um caderno de desenho e anotações e alguns jornais e informações reunidas até então, junto da bolsa existia o meu "kit de primeiros socorros" tendo o necessário para caso alguma alma penada se metesse em meu caminho

empurro o portão enferrujado mas não tenho muito sucesso, parecia estar fechada a anos, não acredito que alguem realmente estivesse la dentro, talvez tenha sido enganada, ótimo.

suspiro mesmo achando que me meti em um beco sem caminho, talvez houvesse outra entrada e eu estivesse no local errado, mas não havia tempo para procurar então simplismente escalo as grades pulando o portão

S/n - e bom que tenha alguém aqui - resmungo irritada para mim mesma limpando as mãos da ferrugem do portão

andando até a entrada, não surpreendentemente coberta de mato, bato algumas vezes na porta utilizando o bonde de madeira, o silencio era quebrado apenas pelos diversos sons da floresta e quando estava prestes a ir embora acreditando que aquele homem do cemitério devia ser apenas um louco a porta se abre

... - pois não? - a voz baixa da garota se faz presente, ela parecia assustada se escondendo atrás da porta apenas com uma brecha do rosto a mostra me olhando

S/n - olá, eu me chamo S/n S/s, sou jornalista e estou fazendo uma matéria, soube que algumas pessoas ainda trabalhavam por aqui e pensei que pudessem me dar uma breve entrevista - o olhar da garota escondia algo, algo que eu sentia no fundo da minha alma mas não conseguia decifrar

... - me perdoe mas não tenho permissão para deixar ninguém entrar - ela estava prestes a fechar a porta quando eu a impeço e digo rapidamente

S/n - eu não preciso entrar, posso fazer algumas perguntas para você será coisa rápida, não tomarei muito do seu tempo por favor - ela parecia prestes a dizer não novamente mas como se algo tivesse lhe feito pensar novamente ela abre a porta sem me dar visão de seu rosto ja que antes que possa ve-la ela segura minha mão me puxando para dentro

... - entre rápido e seja breve ou me arrumara problemas com os patrões - sem me deixar responder ela começa a me levar em direção as escadas, olho ao redor e a casa parecia destruída, acabada ao decorrer do tempo, não havia mais ninguém ali

ninguém estava cuidando da casa então...

solto bruscamente sua mão assim que piso o primeiro degrau da escada, a mulher se vira para mim como se não entendesse o motivo a qual parei mas assim que ela o faz paraliso ao olhar seu rosto, um lado dele era perfeitamente normal, o olho castanho claro com as bochechas levemente rosadas, mas o outro lado do seu rosto parecia ter sofrido um acidente, como se algo houvesse derretido sua pele ou a arrancado fora deixando apenas a face esquelética a mostra

draming of a dark love (wanda maximoff/you)Where stories live. Discover now