5 - 𝐼𝑛𝑡𝑜𝑙𝑒𝑟𝑎𝑣𝑒𝑙

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Oliver;

            Acordei com uma maldita ressaca devido a festa do dia anterior, pior, com uma maldita lembrança de Sara.

Além de eu ter ido falar com ela, algo que não fazia a tempos, ainda jogamos verdade ou Desafio juntos. 
Estava mais incomodado do que nunca estive em toda minha vida ali, esse sentimento só cresceu mais ainda depois que ela disse que eu havia sido o único que ela já havia beijado daquela roda.
Ela se lembrava muito bem daquele beijo.

Minutos depois eu assisto de camarote ela beijar meu amigo. Tenho que adimitir que foi um ótimo beijo.
Sinto uma agulhada no meu coração sempre que lembro da cena. Não sei o que é isso.

Acho que só é estranho ver uma pessoa que temos um certo carinho beijar alguém.

O que eu estou falando?
Não tenho mais carinho por ela. Não odeio ela como acho que sou odiado pela mesma.
Mas não somos amigos, não somos nada.

Tudo que tenho dela agora é um passe livre para troca de olhares, alfinetadas e assistir de camarote ela sendo egocêntrica.

Nem sei porquê fui falar com ela ontem. Estava bêbado e agi por impulso.

No momento estou indo para fora da sala, já que cheguei atrasado e fui proibido de entrar, e esse momento é seguinte de quando ela aparece.

Seus cabelos castanhos escuros estão com metade presos, possui uma leve maquiagem sobre seu rosto, deixando ela radiante, sua saia vermelha balança conforme ela anda e sua blusa com as mangas suspensas, um botão solto revela seu colo.

Ela vem andando até mim, é inevitável não nos olharmos nos olhos durante seu trajeto, se aproximando ela me olha de cima a baixo e segue reto até a porta.

Ela a empurra, não obtém resultado nenhum.
Até que um papel passa para de baixo da porta.

Ela lê e resmunga.

- Não me diga que estamos do lado de fora da mesma aula - ela diz passiva.

É o máximo de palavras que ela dirigiu a mim depois de tanto tempo.

- Estamos - respondo no mesmo tom.

Tiro tempo para reparar nela, aproveitando que está distraída.

Seus lábios estão inchados e vermelhos. Vá por mim, sei de cor e saltiado como são seus  lábios são naturais.

- Onde você estava? - arrisco perguntar.

Sei que fiz uma péssima escolha quando ela me olha com aquela cara de menina mimada que nunca foi contrariada.

- Não é da sua conta. - Ela diz na defensiva.

- Estava dando uns amassos? Por isso sua boca está inchada? - Digo sem me arrepender dessa vez.

Também não gosto de ser contrariado.

- Está olhando pra minha boca, por quê? - ela diz e se posiciona na minha frente.

Fazia tempos que não falava com ela, mas aí está a prova de que ela não mudou muito coisa: ainda é corajosa e atrevida.

Isso era o que eu mais gostava nela quando criança.

- Até parece - respondo indiferente.

- Você era mais tolerável quando não falava comigo - ela diz e da as costas.

Sai andando de cabeça erguida. É inevitável não ir atrás dela.

- Você era mais legal quando era caidinha por mim. - Digo indo atrás dela.

Ela para e se vira de frente á mim.

Parece estar pensando em alguma coisa, alguma resposta.

Não devia ter tocado nesse assunto.
Eu era mais caidinho por ela do que ela era por mim na época. Ela sabia disso.

Esta ali parada, seus olhos me fuzilam e sua boca avermelhada me chama atenção.

Sinto vontade de tocar meus lábios com os dela. Mas não posso.
Não é qualquer uma, porquê qualquer uma me beijaria. Sara não, sei que ela me odeia, e por isso é capaz que ela me lance um Avada se eu ousar encostar minha boca na dela.

FIRST KISS - OLIVER WOODWhere stories live. Discover now