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Definitivo.
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
A dor precisa ser sentida.
FLASHBACK ON
Um ano atrás
Cancún - México- Ok você não vai mesmo me contar pra onde está me levando? - ela questiona enquanto caminhamos.
- Já disse que é uma surpresa.
Seus olhos estão cobertos por uma venda mas tenho certeza que ela os rolou agora, conheço ela a tempo suficiente pra saber que ela não gosta muito de supresas, e eu insisto em fazer supresas pra ela.
Gosto de ver a reação dela com as coisas que eu faço, as vezes são coisas simples mas que fazem ela abrir um sorriso lindo e iluminado.
Você não precisa de muito pra fazer alguém feliz, pelo menos nós somos assim, Kiara me deu uma concha que ela achou quando ela foi em Malibu a trabalho, ela passou três dias fora e quando chegou a primeira coisa que fez foi me entregar o "presente" e dizer que pensou em mim durante todo o tempo.
É isso, coisas simples fazem toda a diferença.
- Eu sei que estamos na praia. - ela diz e eu sorrio.
- É claro que sabe estamos pisando na areia.
- Então já posso tirar a venda?
- Por que você é tão curiosa em?
- Não sei, DNA dos meus pais.
- Tudo bem, pode tirar.
Ela tira a venda e ve uma canga estendida na areia com um vinho, umas taças e alguns aperitivo, ela sorri e nós logo nos sentamos, eu me sentei e ela se sentou na minha frente com as costas no meu peito.
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Nosso Verão - Jiara
RandomKiara se mudou com os pais para Nova York quando tinha dez anos, seis anos depois ela volta a Outer Banks para passar suas férias de verão, o que era pra ser um simples verão se tornou um caos de sentimentos. Ela não queria um amor, na verdade ela a...