CAPÍTULO 2

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Acordo com o som do alarme soando, então me sento na cama resmungando. Dizer que eu tive uma boa noite de sono seria uma mentira. Eu fiquei virando e revirando na cama durante a madrugada inteira

Levanto, faço minhas higienes, visto uma saia preta e uma camisa social branca, com um salto nude, e então tomo o meu café da manhã. O dia vai ser cheio hoje.

Já na empresa, eu resmungo enquanto tento guardar a chave do carro na bolsa. Eu devia ter chegado mais cedo, já posso prever eu saindo daqui mais tarde do que o normal. Quando finalmente guardo a chave do carro, ergo meu olhar e vejo as portas do elevador quase se fechando

— Segura pra mim — O homem dentro do elevador mantinha os olhos em mim enquanto eu quase que corria até o elevador

Quando estava a centímetros da porta, ela se fechou. Eu respirei fundo irritada. Mas de repente ouço o barulho das portas do elevador se abrindo. Virei a cabeça devagar pra olhar por cima do ombro e lá estava o homem. Me virei novamente e entrei no elevador, agradecendo a ele com um "obrigada"

Eu o conheço, se chama George, é pálido e de cabelos pretos. Ele trabalha no décimo segundo andar, e normalmente é sempre muito gentil comigo. Apertei o botão do último andar quando ouvi a sua voz

— Bom dia, senhorita Meadow — Eu o olhei e ele sorriu amigavelmente

Eu me senti envergonhada imediatamente por ter chamado ele de idiota, se eu pudesse sair do elevador naquele momento, com certeza eu sairía

— Ah, bom dia George — Devolvi o sorriso — Você sabe que não precisa me chamar assim, é só Emma

— Bom, eu tenho alguns papéis pra te entregar ainda hoje — Ele parou por um momento — Você consegue um tempo pra recebê-los?

— Claro, não se preocupa, pode levar lá pra mim— Ele assentiu — Conhece algum restaurante bom? O que eu costumo almoçar não abre hoje, e é um saco ter que ir até à minha casa só pra comer

O restaurante é ótimo, porém eu nunca entendi o por quê de ele não abrir nas segundas e nem nas sextas-feiras. Aparentemente não faz sentido algum. Entao todo dia de segunda eu sempre preciso dirigir até em casa para conseguir almoçar

— Conheço alguns próximos daqui, se quiser posso te mostrar algum

— Ótimo então, onde eu te encontro? — O elevador se abriu no andar dele durante a minha fala

— Pode ser na recepção

— Combinado — Ele saiu do elevador e eu pude escutar um "até mais" antes do elevador fechar as portas e voltar a subir

Não demorou muito até que as portas do elevador se abrissem, então eu segui até a minha sala. Me sentei na minha cadeira, organizando a minha mesa antes de começar a trabalhar. Ler toda essa papelada é uma dor de cabeça, um erro por falta de atenção ou uma assinatura em um contrato desvantajoso pode custar milhões

***

A hora do almoço chegou, então eu desci até onde marquei de me encontrar com George. Minha cara não nega a fome que eu estou, o café definitivamente não é capaz de me manter saciada durante meio turno

— Demorei? — Me aproximei de George

— Eu desci só faz uns três minutos — Ele riu — Podemos ir?

— Por favor, eu estou faminta — Falei divertida

Saímos do prédio e caminhamos pela calçada agitada. O dia está ensolarado e não está ventando muito, o que é ótimo, um dia muito agradável eu diria

The Dark Side Of RedWhere stories live. Discover now